-O discurso em que Barack Obama aceita formalmente a candidatura em nome do Partido Democrata, perante um estádio cheio de apoiantes, e muito espectáculo, ao estilo americano.
-Bill Clinton, declara apoio a Barack Obama.
-Hillary Clinton declara Barack Obama candidato do Partido Democrata, e pede aclamação.
-Joe Biden, aceita a nomeação como candidato a V.P. de Barack Obama.
-Barack Obama, aparece de surpresa após o discurso de Joe Biden.
-O discurso de Hillary Clinton, apelando à unidade do partido, muito virada para os apoiantes desiludidos, procurando sarar as feridas abertas nas primárias. Não deixou contudo de referir aspectos do seu programa político. Veremos mais tarde, de que forma Barack Obama procurará satisfazer os eleitores democratas insatisfeitos com a sua nomeação.
-Michelle Obama fez um emotivo discurso na DNC em Denver. Quando políticos utilizam a família em campanha, nunca se podem queixar no futuro, de verem a vida pessoal servir como arma política. Não estou a falar de Obama em concreto, mas a lembrar-me de Bill Clinton, entre outros.
-É oficial, sem surpresa Barack Obama escolhe Joe Biden, 62 anos, senador desde 1972, do estado Delaware para candidato a Vice-Presidente, apostando na experiência. Cai por terra a esperança dos que acreditavam romanticamente ser possivel, uma candidatura conjunta com Hillary Clinton. Biden lidera o Comité de Relações Externas do Senado, com dossiers quentes como o Afeganistão, Iraque, e agora as tensões com a Rússia face à situação no Cáucaso, Barack Obama não poderia ter feito melhor escolha, afastando alguma desconfiança face à inexperiência que lhe apontam, sobre a sua capacidade de liderança no plano internacional. No plano interno teremos de esperar pela Convenção na próxima semana, para compreendermos melhor a estratégia com que os Democratas irão enfrentar o GOP na eleição de 4 de Novembro.
-A extrema esquerda radical europeia, na qual está cada vez mais incluido Mário Soares, tem ilusões inexplicaveis sobre Barack Obama. Curiosamente ou talvez não, os comunistas não foram contagiados por tal entusiasmo, já perceberam que Obama irá colocar a tónica da sua presidência no crescimento económico norte-americano, na luta contra o terrorismo concentrando meios no Afeganistão, no apoio a Israel considerando inaceitavel que o Irão possa aceder a armas nucleares, ou seja, Barack Obama pretende reduzir efectivos no Iraque, e retirar, é sabido que o esforço financeiro está-se a tornar insuportavel, mesmo para o governo norte-americano. Com esta orientação política Obama conseguirá atrair para o seu lado muitos apoios internacionais que faltaram a George W. Bush, bastando-lhe gerir expectativas evitando erros. Onde Obama vê economia, Mário Soares e outros procuram vêr política, continuem, que irão sofrer uma desilusão, Obama será apenas mais um amanhã que não cantará, pelo menos música para os ouvidos da extrema-esquerda.