-Era apenas uma questão de tempo até alguém politicamente responsável afirmarpublicamente aquilo que já era debatido por economistas, a necessidade de excluir os países incumpridores da zona Euro. O debate poderá ainda ser aprofundado, procurando perceber a viabilidade a prazo do próprio Euro. A presente crise económica revelou que em  tempos difíceis não existe qualquer noção de pertença a um espaço comum, a U.E. tem sido construída com base em decisões políticas, à revelia dos povos. Aqueles que por cá criticam os alemães com base no virar de costas aos problemas gregos, se começarem por perguntar aos portugueses se aceitariam pagar para ajudar a resolver dificuldades de terceiros, talvez fiquem surpreendidos com as respostas...

   -Seria um erro crasso a U.E., o BCE ou alguns países irem em auxílio da Grécia sem contrapartidas. Durante anos os gregos aldrabaram as contas públicas, não encontro expressão mais suave para a prática, e tornariam a fazê-lo se tivessem alguém disposto a pagar a factura, sabemos como são os políticos, principalmente em tempos de contestação interna ou períodos eleitorais. Se for do interesse das economias europeias garantir as dívidas, então que sejam impostas a Atenas medidas draconianas, até para criar efeito dissuasor sobre outros incumpridores, uns continuarem o regabofe enquanto outros pagam a despesa é que não está correcto.

   -No dia em que se assinalam 369 anos sobre a Restauração da Independência, o governo português festeja a cedência de parte da soberania nacional para o cartel de Bruxelas, vendida a troco de inscrever o nome da capital no malfadado Tratado constitucional, vergonhosamente aprovado nas costas dos cidadãos europeus.

   -A Constituição Europeia entra em vigor no próximo dia 1 de Dezembro. Falta apenas ao cartel de Bruxelas decidir quem será o testa de ferro a cooptar para apresentar como presidente.

Sign the petition  http://www.petitiononline.com/sptklaus/petition.html

The Lisbon treaty is an undemocratic constitution that makes every nation state in Europe a province in EU.


 

  -A esperança dos defensores da liberdade é agora Vaclav Klaus.

   -Está consumada a chapelada eleitoral do governo irlandês aos seus eleitores, às ordens do cartel de Bruxelas que apenas permitiu votos a 1% da população europeia, para impor aos cidadãos da Europa uma Constituição um Tratado que não desejam, sob o argumento que o mesmo é complicado. Isto ainda não acabou, falta a República Checa, a Polónia, e quem sabe se o processo ficar um pouco atrasado, David Cameron. Um dia a Europa voltará a ser livre!

   -Porreiro pá! Serão mais cinco anos em Bruxelas, até final de 2014, no regresso ainda terá tempo para preparar uma candidatura presidencial. Para mim continuará irrelevante, desde o incumprimento da promessa eleitoral do choque fiscal, que o Presidente da Comissão Europeia perdeu a credibilidade, o abandono do governo em 2004 e o Tratado de Lisboa, não contribuíram em nada para melhorar a imagem.

   -Desde que atingi a maioridade, terei votado PSD em mais de oitenta por cento dos actos eleitorais que me levaram à urna de voto, o que não aconteceu na eleição dos deputados ao parlamento europeu do passado mês de Junho, em primeiro lugar porque Paulo Rangel se confessou europeísta, em segundo lugar porque me é indiferente a continuidade de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia. Sou contrário à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, considero escandalosamente antidemocrático obrigar um povo, o irlandês, por sinal o único que teve oportunidade de referendar o malfadado documento, rejeitando-o, a repetir a votação até que o resultado seja do agrado do cartel de Bruxelas. Nem precisarei de explicar que Durão Barroso é cúmplice na chapelada aos europeus. Para cúmulo não esqueci a forma como abandonou a chefia do governo em 2004, nem tão pouco a promessa eleitoral do choque fiscal, aumentando impostos logo que entrou em funções. Agora viu a sua reeleição adiada, é irrelevante para a Europa, e até para Portugal, mesmo que não o queiram admitir.

   -A nomeação de Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia não são favas contadas, pese a vitória do PPE nas eleições europeias. Existem algumas manobras de bastidores, dentro e fora da própria família política, que poderão condicionar a nomeação. Na realidade é um facto que não me preocupa absolutamente nada, gostaria mesmo era que os irlandeses chumbassem novamente o Tratado de Lisboa em referendo, ou em alternativa que Gordon Brown caia o quanto antes, por forma a que David Cameron consiga impedir a entrada em vigor do documento.

    -Caíram hoje vários mitos, o primeiro desde logo o mito da invencibilidade do PS liderado pelo engº José Sócrates, que sofreu uma pesada derrota. Em toda a U.E. o conjunto dos partidos europeístas recuou, o que significa que os cidadãos não querem continuar a ser enganados pelos directórios cartelizados em Bruxelas. Em Portugal o PSD mostrou que pode ser considerado alternativa de governo, o BE e PCP juntos ultrapassam 20 por cento, capitalizando algum voto de protesto à custa dos socialistas, enquanto o CDS segurou os dois deputados, contrariando todas as sondagens. Em plena crise internacional, com vários governantes a falarem em reforço do investimento público, Portugal incluído, fazendo apelo a um discurso neokeynesiano, os eleitores optaram por uma viragem à Direita, o que não deixa de ser assinalável.

    -Os trabalhistas terão sofrido uma derrota nas eleições locais ontem realizadas, e muito provavelmente outra nas europeias, no Domingo saberemos a extensão, quando o resultado for divulgado. Com uma crescente contestação interna, e cada vez mais reduzida aprovação da opinião pública, será previsível que Gordon Brown seja forçado à demissão, colocando os Tories de David Cameron no poder. Se tal vier a acontecer, serão boas notícias para os que defendem a não entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

    -As eleições europeias irão certamente constituir um duro revés para Vital Moreira, Ana Gomes e todos quantos anseiam por uma maioria de esquerda no Parlamento europeu. Os resultados na Holanda serão os primeiros de vários que se seguirão. Mesmo em Portugal, por maior dramatismo que José Sócrates coloque na campanha, uma descida do PS se compararmos com os 45% de 2004, será inevitável, e muito provavelmente o princípio do fim da maioria absoluta.

   -O BPN seria o Banco do PSD como diria Vital Moreira. No entanto passaram pela Efisa, a instituição financeira que funciona como braço de investimento do BPN,  alguns destacados socialistas. E certamente muitas outras pessoas cuja seriedade não pode ser posta em causa, mas é Vital Moreira, acompanhado por alguns caceteiros do PS, quem tem lançado suspeitas generalizadas. Eu prefiro que a Justiça apure os factos.

   -O professor de Coimbra meu Deus, Vital Moreira, que se tem revelado nesta campanha eleitoral um perfeito desastre, acusa o PSD de fugir a debater o caso BPN, curioso, não me recordo que o cabeça de lista do PS tenha pretendido discutir o Freeport. Falando para os jornalistas a título pessoal, criticou ainda a renúncia de Nascimento Rodrigues, quando todo o país sabe que o Provedor de Justiça tem problemas de saúde. A última sondagem coloca pela primeira vez o PSD à frente do PS, mantendo-se apesar de tudo o empate técnico.

    -Incompetência ou roubalheira, é importante que seja apurada toda a verdade dos factos sobre o BPN, e determinado o grau de responsabilidade de cada um, de Oliveira e Costa à supervisão do Banco de Portugal, e por último também o mérito da decisão governamental em nacionalizar a instituição, que resultou em grave prejuízo para o contribuinte, outra forma de roubalheira. Os franco-atiradores socialistas estão dispostos a fazer o trabalho sujo que institucionalmente o partido não quer assumir, muito em particular aqueles que expressam ódio a quem ousa pensar diferente, uns de forma cinicamente cordata, outros no já habitual registo peixeirada, que se tornou imagem de marca dos personagens em questão.

    -Pedro Passos Coelho limita-se a dizer o óbvio, um pouco por toda a Europa os governos irão sair fortemente penalizados das eleições europeias, sob o ponto de vista estritamente do PSD, Portugal não poderá constituir excepção, ninguém no seu perfeito juízo acreditaria que saindo derrotados na próxima semana, os sociais-democratas poderiam constituir mais à frente uma alternativa credível ao governo de José Sócrates. Vou ainda mais longe, nesta altura o PSD não deveria estar nas sondagens com um empate técnico, mas vários pontos à frente do PS.

    -Onde está a velha luta de Ilda Figueiredo, "para trabalho igual, salário igual"?

Actualização 19h40 - Miguel Portas numa indirecta a Ilda Figueiredo, fala em demagogia.

   -O PS continua a liderar nas sondagens até agora divulgadas. No entanto o desespero parece ter tomado conta de algumas cabeças socialistas, que vão mostrando sinais de completo desnorte. De Vital Moreira esperava mais, apesar do estilo agradar ao chefe, que sempre demonstrou, possui capacidade para muito mais que a simples ignomínia sobre o adversário, agora é Edite Estrela que vem dar a contribuição, embora utilize um registo mais soft, não vale a pena mencionar José Lello e Ana Gomes, porque esses possuem um estilo espalha brasas há muito conhecido, por vezes até sobre camaradas de partido.

   -A última sondagem realizada já no decurso da campanha eleitoral para as eleições europeias, mostra o PS à frente do PSD, a CDU ultrapassando pela primeira vez o BE, o CDS/PP recuperando face a previsões anteriores. Com uma elevada abstenção prevista, todos os cenários estão em aberto, no entanto a vitória parece que não fugirá ao PS, resta saber se irá eleger 8 ou 9 deputados, o PSD parece seguro com 8, CDU e BE devem ficar com 2 cada, restando a dúvida se o CDS/PP irá eleger 1 ou 2, a dúvida será o último lugar elegível ficar com o PS, nesse caso o 9º, ou 2º do CDS/PP, não sendo possível descartar a eleição de Laurinda Alves pelo MEP. Previsível regresso à normalidade