-Ninguém de bom senso contesta a necessidade de colocar em ordem as contas públicas. O PEC visa reduzir o défice, objectivo que merece todo o meu apoio. Mas, parafraseando alguém, nestas coisas há sempre um mas, existem dois caminhos possíveis, o Estado reduzir despesas ou aumentar receitas. Infelizmente para os portugueses o governo opta, mal em meu entender, pela segunda hipótese. Espero que a liderança zombie que ainda dirige o PSD não se lembre em final de mandato de comprometer o país até 2013. Escolhas erradas não merecem consenso, os contribuintes, individuais e empresas, já estão demasiado asfixiados para suportarem mais um brutal agravamento de impostos. Emagreçam o Estado, nem que para isso terminem com uma série de assessorias, pareceres, contratualizações, subsídios e outras práticas do género que se traduzem em money for the boys. Os candidatos à liderança do PSD podem aproveitar o PEC para falar não só aos militantes do partido, mas também ao país, que anseia por encontrar uma alternativa credível a José Sócrates, que vá para além dos chavões de verdade ou asfixia, ruptura ou mudança, das promessas de conquistar maiorias, mas que fundamentalmente afirme claramente o que fará de diferente se for chamado a formar governo.