-São inúmeros os exemplos de figuras públicas, políticos e não só, que colocados perante uma pergunta mudam de assunto para evitar responder. Na passada semana o Presidente da República afirmou estar mais preocupado com os graves problemas do país do que com o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nem Jerónimo de Sousa, insuspeito de simpatizar com Cavaco Silva, conseguiu vislumbrar qualquer tentativa de condicionar a agenda política. Mas aqui d'el rei só faltou às hostes socialistas rasgar as vestes, irrompendo num clamor histérico pela voz de Sérgio Sousa Pinto, orquestrada de acordo com o admirável líder, como ficou bem patente hoje no debate quinzenal na A.R., quando o primeiro-ministro de forma patética se dirigiu a Francisco Louçã, afirmando que o líder bloquista estava tão zeloso para ser porta-voz do Presidente na Assembleia da República. José Sócrates continua em modo propaganda, procurando a vitimização na questão do Orçamento de Estado, alguém explique por favor ao homem que o país não terá dois Orçamentos, mas apenas aquele que for aprovado no Parlamento, que o governo terá de executar, como decorre da separação de poderes consagrada na Constituição. Já cansa ouvir repetidamente a lamúria pelo fim do PEC, se está tão preocupado com a perda de receita, introduza portagens nas SCUT, governe, foi para isso que o elegeram...