-Os e-mails trocados entre os responsáveis do Freeport e Charles Smith, revelam que este último possuía um conhecimento das datas em que seriam tomadas as decisões relevantes para o processo. No mínimo parece ter existido uma relação próxima entre os promotores imobiliários, a C.M.Alcochete e o Ministério do Ambiente. Para além das notícias até agora divulgadas, a investigação jornalística aperta o cerco em torno de José Sócrates e seus familiares, divulgando detalhes de negócios imobiliários da mãe do P.M., como a compra de apartamento a empresa sediada em off-shore. Alguns pormenores são de difícil explicação, a Justiça portuguesa é demasiado lenta e não tem nos últimos anos conseguido produzir resultados satisfatórios em matéria de combate à corrupção, será natural que os portugueses se questionem sobre a idoneidade dos políticos em geral, não apenas neste caso particular, as decisões de governos em gestão sempre levantaram dúvidas de legalidade, o Freeport não constitui caso único, também o SIRESP ou Casino de Lisboa levantaram polémica, para falar apenas nos mais recentes. Resta-nos o jornalismo de investigação, porque sinceramente e face aos factos até agora conhecidos, fica-se com a sensação que este caso continuaria parado nos gabinetes da Procuradoria, caso não tivesse surgido a investigação britânica.