La démocratie donne toute sa valeur possible à chaque homme, le socialisme fait de chaque homme un agent, un instrument, un chiffre. - Alexis de Tocqueville
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Ago 08
publicado por António de Almeida, às 17:18link do post | comentar

     -Além da cerimónia de abertura dos J.O. na autoritária e repressiva China, a fábrica do mundo, e o mercado emergente mais apetecivel, com a maioria dos lideres mundiais assistindo ao evento, o mundo assistiu ao eclodir dum conflito capaz de evoluir para uma nova situação de guerra na europa, caso a comunidade internacional não consiga levar as partes ao diálogo. Acontece que a ONU está cada vez mais descredibilizada, para se obter uma resolução no Conselho de Segurança, EUA, China ou Russia vetam á vez, conforme os seus interesses em matéria de política externa, por outro lado, em matéria de precedentes, envolvendo questões territoriais e separtismos, China e Rússia têm questões internas que não querem ver discutidas, Tibete e Tchechenia, os EUA, forçaram a independência do Kosovo, proporcionando que outros, como a Ossétia do Sul, agora procurem justificar as suas ambições separatistas com recurso á analogia, uma vez que muitos países ao arrepio do Direito Internacional, reconheceram a independência unilateral do Kosovo, ignorando os protestos da Servia e da Russia. Por outro lado, a Turquia, vizinha da Georgia, poderá ser tentada a intervir, por forma a defender os seus interesses, nomeadamente os pipelines que atravessam o território, e não quererá ver a Ossétia tornar-se independente, pois tal poderia ser encorajador para os Curdos, e Ankara já tem problemas de sobra com o PKK. O mais provavel a meu vêr será que fique tudo na mesma, afinal o equilibrio apesar de instavel interessa a todos, e a Ossétia do Sul afinal não será do ponto de vista militar e económico, suficientemente importante, para justificar uma escalada do conflito, cujas consequências poderiam tornar-se imprevisiveis. Mas não vale a pena procurarmos bons e maus nesta história, pelo menos bons claramente não existem.


É interessante comparar o conflito da Sérvia contra o Kozovo ou a Bósnia com o caso actual da Geórgia contra a Ossétia do Sul.

No primeiro caso as províncias revoltosas receberam apoio dos EUA e de outros países, conseguiram a sua independência e condenar os responsáveis sérvios por crimes de guerra; Agora é a vez da Ossétia do Sul receber o apoio da Russia contra a Geórgia.

Quer num, quer noutro caso as potências apoiantes apenas defendem (ou defenderam) os seus particulares interesses estratégicos. Até a avaliação dos "crimes de guerra" praticados por uns e outros poderão ser comparados. A razão está de um ou de outro lado apenas conforme o ponto ponto de vista.

Há ainda o Iraque que foi invadido a pretexto de uma mentira conhecida de todos os países que apoiaram a invasão: prenderam então o chefe máximo do país e entregaram-no ao se inimigo para que o "julgasse". É claro que o resultado do julgamento estava traçado à partida. Não se pode justificar o facto pelo Sadam Hussain ter sido um ditado porque tem havido e há muitos pelo mundo fora e não é prática comum ser retirado do poder à força pela comunidade internacional. Houve até o caso do Pinochet, cuja estraditação para Espanha foi recusada pelos Tribunais ingleses por se tratar de "um antigo chefe de estado e por isso merecedor de tratamento de excepção".


Zé da Burra o Alentejano

Zé da Burra o Alentejano a 11 de Agosto de 2008 às 16:27

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