-Além da cerimónia de abertura dos J.O. na autoritária e repressiva China, a fábrica do mundo, e o mercado emergente mais apetecivel, com a maioria dos lideres mundiais assistindo ao evento, o mundo assistiu ao eclodir dum conflito capaz de evoluir para uma nova situação de guerra na europa, caso a comunidade internacional não consiga levar as partes ao diálogo. Acontece que a ONU está cada vez mais descredibilizada, para se obter uma resolução no Conselho de Segurança, EUA, China ou Russia vetam á vez, conforme os seus interesses em matéria de política externa, por outro lado, em matéria de precedentes, envolvendo questões territoriais e separtismos, China e Rússia têm questões internas que não querem ver discutidas, Tibete e Tchechenia, os EUA, forçaram a independência do Kosovo, proporcionando que outros, como a Ossétia do Sul, agora procurem justificar as suas ambições separatistas com recurso á analogia, uma vez que muitos países ao arrepio do Direito Internacional, reconheceram a independência unilateral do Kosovo, ignorando os protestos da Servia e da Russia. Por outro lado, a Turquia, vizinha da Georgia, poderá ser tentada a intervir, por forma a defender os seus interesses, nomeadamente os pipelines que atravessam o território, e não quererá ver a Ossétia tornar-se independente, pois tal poderia ser encorajador para os Curdos, e Ankara já tem problemas de sobra com o PKK. O mais provavel a meu vêr será que fique tudo na mesma, afinal o equilibrio apesar de instavel interessa a todos, e a Ossétia do Sul afinal não será do ponto de vista militar e económico, suficientemente importante, para justificar uma escalada do conflito, cujas consequências poderiam tornar-se imprevisiveis. Mas não vale a pena procurarmos bons e maus nesta história, pelo menos bons claramente não existem.