Os interessados podem ver a 2ª parte.
-Os sindicatos não existem para defender a economia, o governo, nem os interesses do país, mas quem lhes paga. A taxa de sindicalizados na função pública é muito superior à registada nas empresas privadas. O funcionário público tem emprego garantido para a vida, se o patrão, leia-se Estado, atravessar uma crise económica, aumenta impostos, já uma empresa privada entra em falência, lançando os trabalhadores no desemprego. Recorrendo à greve os sindicatos procuram em último lugar a sua própria sobrevivência, que depende do número de sindicalizados. Não é para levar a sério, aliás eles próprios não se levam a sério, João Proença até está em Moçambique, sabem que nada terão a receber do governo em matéria de reivindicações salariais, mas utilizam um direito legalmente consagrado para consumo interno. A esquerda crente nos amanhãs que cantam, sonhando com uma luta que traga a revolução elogia, a outra esquerda afecta ao governo do admirável líder, protesta, como seria diferente a sua postura se o PS estivesse na oposição, mas coerência é algo que por ali não abunda, a direita como sempre, critica. Por mim prefiro ignorar, separo o essencial do acessório, a greve não me interessa, mas sim reduzir o Estado. O resto virá por acréscimo, será consequência e não causa.