-O lema de Paulo Rangel bem poderia ser, "na política como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira". Após ter classificado de intriga política a especulação sobre uma eventual candidatura à liderança do PSD, a verdade é que o eurodeputado se prepara para deixar o cargo para que foi eleito há poucos meses, após ter garantido aos portugueses que não o iria fazer. Talvez tenha ficado convencido após conversar em Bruxelas com algum especialista na arte de abandonar o barco...
-Seria um erro crasso a U.E., o BCE ou alguns países irem em auxílio da Grécia sem contrapartidas. Durante anos os gregos aldrabaram as contas públicas, não encontro expressão mais suave para a prática, e tornariam a fazê-lo se tivessem alguém disposto a pagar a factura, sabemos como são os políticos, principalmente em tempos de contestação interna ou períodos eleitorais. Se for do interesse das economias europeias garantir as dívidas, então que sejam impostas a Atenas medidas draconianas, até para criar efeito dissuasor sobre outros incumpridores, uns continuarem o regabofe enquanto outros pagam a despesa é que não está correcto.