-Começo por afirmar que não sou filiado no PSD, pelo que entendo ser a escolha do líder um assunto interno do partido, que interessa em primeiro lugar aos seus militantes. Votei no entanto PSD na maioria dos actos eleitorais desde que atingi a maioridade, ainda que não o faça desde 2002, por várias razões que vão desde o incumprimento da promessa do choque fiscal à recente purga nas listas de candidatos a deputados, passando pelas trapalhadas governativas. Como potencial eleitor não me é obviamente indiferente quem lidera o partido. Paulo Rangel não me entusiasma de todo, já não votei nele nas europeias por se ter declarado um europeísta convicto, recusar qualquer conotação liberal e sofrer amnésia quanto ao facto de ter militado noutro partido. Agora dá a cara pela facção entrincheirada no bunker em redor da actual liderança, cujo único desígnio parece ser afastar Pedro Passos Coelho, tarefa para a qual desconfiam da capacidade de Aguiar Branco, que se vinha preparando, mas agora é pouco provável que avance.
-Souto Moura afirmou "Há que distinguir o plano jurídico do plano ético". Ninguém pode ser de facto condenado, ou sequer acusado na Justiça por falta de ética, mas esta há muito que não existe em quem nos governa. Apenas não vê, quem não quer ver...