-Na sua homilia dominical o professor Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu uma reunião de ex-líderes e militantes que liderem sensibilidades, a fim de discutir uma estratégia para o PSD e só depois o rosto que a personificará. Percebo a ideia, mas escolher um presidente por cooptação entre os chamados barões, não me parece ideia sensata, seria aliás uma verdadeira chapelada eleitoral à vontade dos militantes. O partido necessita sim aprofundar a democracia e aumentar a representatividade do seu líder, por exemplo alterando os estatutos para obrigar à realização de 2ª volta sempre que o candidato não obtenha a maioria dos votos nas primárias, evitando que uma simples facção recolhendo apenas o apoio de 1/3 dos militantes tome decisões de legitimidade duvidosa, por vezes até contra a vontade expressa das estruturas de base. Obviamente que concordo ser mais importante discutir ideias a nomes, mas a discussão não deve ficar restringida a uma dúzia de iluminados, como pretende o Prof. Marcelo, talvez sonhando ver o seu nome aclamado numa espécie de cortes, mas ser totalmente aberta ao universo dos militantes e principalmente ouvindo a sociedade, sem a qual o PSD não voltará a ganhar eleições.