-É uma marca da governação, faltar sistematicamente à verdade.
-Afirmar que as contas públicas terão de ser corrigidas após o final da crise, é uma frase que poderia perfeitamente ser atribuída a monsieur de La Palisse. Com o país endividado na totalidade da sua riqueza e despesa corrente consumindo metade do PIB, gostaria que me explicassem como poderá será consolidado o Orçamento do Estado, sem recorrer ao aumento de impostos. Apostar na construção do TGV , aeroporto e auto-estradas, não será certamente o melhor caminho.
-Mais vale tarde que nunca, o PS resolveu seguir o exemplo do PSD e excluir candidaturas simultâneas ao parlamento e autarquias, pena não ter colocado a medida em prática logo nas europeias, o que teria implicado Ana Gomes e Elisa Ferreira. Mas penso ter ficado um sinal para o futuro, o que será positivo para o país, evitando ludibriar os eleitores. Entretanto José Sócrates tenta convencer Manuel Alegre a entrar nas listas de candidatos a deputados do partido. Tenho no entanto sérias dúvidas que face ao sistema eleitoral português, sem que existam círculos uninominais, tal viesse a produzir algum impacto, o que acaba por ser injusto em primeiro lugar para os próprios deputados, impossibilitando os eleitores de separarem o trigo do joio, premiando os melhores.