-Desde que atingi a maioridade, terei votado PSD em mais de oitenta por cento dos actos eleitorais que me levaram à urna de voto, o que não aconteceu na eleição dos deputados ao parlamento europeu do passado mês de Junho, em primeiro lugar porque Paulo Rangel se confessou europeísta, em segundo lugar porque me é indiferente a continuidade de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia. Sou contrário à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, considero escandalosamente antidemocrático obrigar um povo, o irlandês, por sinal o único que teve oportunidade de referendar o malfadado documento, rejeitando-o, a repetir a votação até que o resultado seja do agrado do cartel de Bruxelas. Nem precisarei de explicar que Durão Barroso é cúmplice na chapelada aos europeus. Para cúmulo não esqueci a forma como abandonou a chefia do governo em 2004, nem tão pouco a promessa eleitoral do choque fiscal, aumentando impostos logo que entrou em funções. Agora viu a sua reeleição adiada, é irrelevante para a Europa, e até para Portugal, mesmo que não o queiram admitir.