-O governo errou ao intervir no BPN, o que obrigou depois à intervenção no BPP, com culpas na supervisão da inútil instituição Banco de Portugal, que bem poderia ser extinta, agora está criada uma confusão que não pode acabar bem. No final, com maior ou menor vontade, a factura será provavelmente paga pelo governo, com o dinheiro do contribuinte.
-Discordo totalmente da proposta do PS, ao que parece o PSD também já terá em tempos feito apresentado uma igual, de fixar em 12 anos a escolaridade obrigatória. A liberdade pressupõe o respeito por alunos que legitimamente não queiram estudar, mas o Estado teima em decidir o que é melhor para nós. Infelizmente não faz o que deveria, aumentar o grau de exigência necessário para concluir os diferentes ciclos com aproveitamento.
-Não acredito que o FMI esteja a colaborar numa qualquer campanha negra, muito menos que as suas previsões sejam persecutórias, o mais provável é não terem levado em conta os empregos que serão criados graças ao investimento público.
-Vi na integra a entrevista de José Sócrates, e no final cheguei à conclusão que tinha perdido um Liverpool 4 - Arsenal 4. Desconversando sobre a troca de declarações com o Presidente da República, procurando a vitimização como estratégia no Caso Freeport, e repetindo até à exaustão a necessidade de investimento público, o primeiro-ministro teve ontem uma fraca prestação televisiva, por muito que os seus indefectíveis apregoem o contrário.
-A crise internacional não poderia deixar de afectar Portugal, mas a resposta do governo foi errada, optando por linhas de crédito bonificadas acabou por beneficiar mais os bancos do que as pequenas e micro empresas, se tivesse optado por reduzir impostos teria evitado que algumas encerrassem, com o consequente aumento do desemprego, responsável por algum aumento das despesas sociais do Estado. Tudo em nome da sacrossanta receita keynesiana do investimento público, grande parte dele desnecessário, inoportuno, o qual apenas vem beneficiar meia dúzia de empresas, nomeadamente construtoras. No final o que restará do consulado José Sócrates será um país empobrecido, um défice excessivo, que terá de ser novamente reduzido, e sem grande margem de recurso para novas receitas extraordinárias, uma dívida pública que andará perto da totalidade da riqueza nacional. Não é necessário ser grande especialista para se perceber que a situação é alarmante, o actual governo passará à História, mas a sua má memória perdurará por décadas nas gerações vindouras, que terão de suportar as consequências de tamanha incompetência.