-O comissário político de serviço no Banco de Portugal, instituição absolutamente inútil, não vê necessidade imediata do governo apresentar um Orçamento rectificativo. Percebo, afinal as contas do governo metem tanta água quanto as previsões de Vítor Constâncio, apenas suplantadas pelas suas falhas na supervisão bancária.

Eu conto que tenham, e gostava de ver o candidato do PS num debate a três, com os partidos à sua esquerda. Acho que ficavamos todos a ganhar. E sempre aliviavamos o PSD e o CDS desta coisa chata da Europa, que tanto tempo lhes tira e sobre a qual pouco têm para nos dizer.

    -Esta análise é tão sectária, que levadas às últimas consequências as palavras do seu autor, poderiamos afirmar que em 2004 o PS não falava da Europa, antes pedia cartões amarelos para o governo de então, porque também não sabia bem o que dizer aos portugueses sobre a Europa.

    -Será desta que se resolve a questão da nomeação do Provedor de Justiça? Que razões poderão levar o professor Jorge Miranda, personalidade reconhecidamente independente, a ficar ficar sujeito a ver o seu nome associado a um episódio deveras lamentável, que não prestigia ninguém, partidos políticos, Assembleia da República e até a personalidade que vier a ser designada para suceder a Nascimento Rodrigues.

    -Já existiam na administração pública diversas nomeações políticas, alguns sectores socialistas pretendem agora impor a nomeação por género. Vamos ter esperança que um dia também possa ser utilizado o critério da competência.

    -Sempre defendi que o problema do mercado de combustíveis em Portugal não é a cartelização na formação dos preços, a GALP pela sua dimensão e quota de mercado na distribuição, e exclusivo na refinação, opera com uma obscena posição dominante, muito perto do monopólio, o que impede um mercado verdadeiramente concorrencial. Absurdos como a Taxa Robin dos bosques são dispensáveis, por não resolverem absolutamente nada, mas o Estado é o principal interessado na manutenção da actual situação.

   -Para além de terem aprovado uma Lei que atenta contra Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos, PS e BE criaram ao que parece uma trapalhada, segundo especialistas em Direito fiscal.