-Ontem quando tomei conhecimento das normas de conduta de vestuário aplicáveis aos funcionários da Loja do Cidadão em Faro, brinquei um pouco com a situação, afirmando que a proibição do uso de mini-saias penalizava o utente, que sempre poderia apreciar as vistas durante o tempo de espera. Mal imaginava eu, que se preparava o levantamento do coro de protestos que temos vindo a assistir. Até Manuel Alegre vem reclamar o estatuto de lutador pela Liberdade, para denunciar o cariz fascizante da medida. Lamento não encontrar o poeta deputado noutras lutas bem mais importantes, como o sal no pão, os chips nas matrículas automóveis ou a inversão do ónus da prova nas medidas de combate à corrupção. Lamento ainda mais que nos inúmeros posts que fui lendo em blogues, a reboque de novo pretexto para atacar José Sócrates, vêm falar em uniformização, por sinal é algo que até pode ser aplicável em muitos locais de atendimento ao público, e mesmo as repartições que não o exigem podem estabelecer mínimos de formalidade. Lamento, mas não espero na minha próxima deslocação à repartição de finanças ser atendido por um funcionário(a) vestido num estilo punk. Muitas profissões exigem um dress-code, quem não quiser estar sujeito opta por outra actividade. Simples.