-Na minha qualidade de cidadão português, contribuinte com os impostos em dia, declaro apoio às candidaturas de Inglaterra, Rússia, Bélgica/Holanda, Qatar, China, Japão, Austrália, Estados Unidos, México, ou qualquer outra que venha a ser apresentada à organização do Mundial 2018, excepto obviamente a candidatura conjunta Portugal/Espanha. Em 2018 os estádios da Luz, Dragão e Alvalade estarão a necessitar de obras de melhoramento, não aceito pagar aos 3 grandes clubes portugueses os encargos nas infra-estruturas que lhes pertencem para que eles andem a investir em futebolistas, porque o caderno de encargos do Mundial FIFA exige jogos em estádios com lotação superior a 50 mil lugares, em Portugal além dos 3 acima citados não existe qualquer outro, o que obrigaria à remodelação de pelo menos mais um, eventualmente dois, caso o precedente de 14 estádios no Mundial 2014 a disputar no Brasil tenha continuidade. Do ponto de vista financeiro o Euro 2004 foi um fiasco, ficámos com estádios de 30 mil lugares ocupados uma vez quinzenalmente com mil espectadores, os casos de Leiria e Aveiro, o de Coimbra está com problemas para financiar a manutenção ao ponto da Académica ponderar o abandono da sua utilização, já nem falando no Estádio do Algarve, um elefante branco que apenas serve para delapidar os cofres públicos das autarquias de Faro e Loulé. Com estes exemplos, alguém de bom senso acredita que a organização do campeonato do mundo de futebol será benéfica ao desenvolvimento do país?
Também publicado n'O Andarilho
-Há dias classifiquei as previsões de Teixeira dos Santos para 2009 como um desastre iminente para a economia portuguesa, Bruxelas ainda agrava o cenário, terá a Comissão Europeia levado em consideração os milagres do investimento público anunciados pelo "menino de ouro" do PS? O Orçamento rectificativo hoje apresentado no parlamento será pouco mais que um nado morto, sendo expectáveis mais alterações ao longo do ano.
-Assinalando o 2º aniversário da entrada em vigor do Estatuto da Carreira Docente os professores agendaram para hoje nova greve. Será inevitável comparar a adesão com os números da greve anterior, em Dezembro, 94% segundo o sindicato e 66,7% pelas contas do ministério. Mais tarde saberemos se os professores continuam mobilizados, ou pelo contrário existirá uma quebra, algo que agradaria ao governo.