-A primeira vez que ouvi falar de Cristiano Ronaldo foi numa noite de sábado, no Pavilhão Atlântico onde assistia a um concerto, jogava o Sporting C.P. no Estádio do Bessa, tendo os leões vencido (1-2) e o jovem jogador apontado um dos golos. A partir dessa noite segui com interesse a sua evolução, fiquei deslumbrado com a sua portentosa exibição diante do Manchester United na inauguração do novo Estádio de Alvalade, que motivou a contratação relâmpago por sir Alex Fergusson, e a sua espantosa estreia com a camisola dos Red Devils no sábado seguinte, entrando na segunda parte quando o resultado estava em branco, tendo virado completamente o cariz do jogo, realizado assistências e apontado um golo. Nesses tempos Cristiano Ronaldo era um rapaz humilde, trabalhador, que lutava por vencer, arrogância só cara a cara com o adversário que driblava por vezes de forma quase insolente, fruto do seu inegável génio. Após conquistar a velha Albion, conquistou um lugar na equipa das quinas já durante o Euro 2004, tendo sido um dos principais artífices da ida à final. Daí para cá não parou de evoluir, táctica e tecnicamente, tendo conquistado hoje de forma absolutamente merecida o título de melhor jogador FIFA 2008, ano em que ganhou quase tudo o que havia para ganhar, apenas falhando o Euro 2008, muito por culpa da rocambolesca novela da transferência para Madrid. Ultimamente não tenho apreciado a postura do jogador, pela obsessão em troféus individuais quando o futebol é na sua génese um jogo colectivo, pela excessiva vaidade, não fico de forma alguma indiferente aos dribles, remates e golos do Cristiano Ronaldo, já o CR7 lamento, mas não me diz absolutamente nada!