-O futebol português soma e segue no caminho da mediocrização a nível europeu. Hoje foi a vez do S.L.Benfica sair humilhado da Grécia, goleado pelo Olympiakos 5-1. O SLB pode ter já construído uma equipa interessante para consumo interno, mas a nível internacional existe ainda muito trabalho pela frente. As ausências de Luisão e Aimar não chegam para justificar a noite de pesadelo, aliás este último passa mais jogos fora da convocatória por sucessivas lesões do que apto a dar o contributo à equipa, o que questiona a oportunidade da sua contratação, uma vez que já tinha acontecido o mesmo em Valência e Saragoça. A continuidade na prova está irremediavelmente comprometida.

     -A Justiça Britânica decidiu hoje extraditar Vale e Azevedo para Portugal. O único condenado por corrupção no nosso país ainda vem a tempo de participar no festim que se adivinha para os próximos tempos, do BPN ao BPP, após o BCP e "operação furacão" era necessário que alguém estivesse disponível para que a Justiça portuguesa pudesse cumprir serviços mínimos, lá virá o suspeito do costume. Mas calma, aguardem mais um pouco que a decisão ainda é passível de recurso que será apresentado pelo ex-dirigente benfiquista.

     -A actual crise económica e financeira abala a confiança de particulares e empresas um pouco por todo o mundo, Portugal não poderia constituir excepção ainda que o governo teime em não reconhecer que o país se encontra em recessão, pela forma como está elaborado o Orçamento de Estado, construído com base em resultados que sabemos logo à partida que não serão alcançados. Agravando todo o cenário, os tempos aconselham prudência, algum alívio da pressão fiscal como bem recomenda a Comissão Europeia, mas o executivo continua crente que a aposta nas grandes obras públicas será o caminho da retoma, mesmo que a dívida pública cresça exponencialmente aumentando também o défice. O país necessita que o consumo seja retomado, para isso é necessária liquidez imediata, depois para que um crescimento seja sustentável será fundamental o aumento das exportações, nada disso se resolve com os faraónicos investimentos de José Sócrates e Mário Lino, mas os socialistas são permanentemente afectados por um preconceito ideológico, acreditam piamente que não conseguimos gastar bem o dinheiro que ganhamos, então retêm quase metade dos rendimentos aos portugueses para alimentar um monstro parasita que teima em não diminuir o apetite.