-O governo decidiu simplicar mas não suspender o modelo de avaliação, deixando cair algumas das questões mais controversas. Maria de Lurdes Rodrigues anunciou que os professores avaliados podem solicitar um professor da sua área para os avaliar, as 3 aulas de observação passam a 2 e os resultados dos alunos em matéria de abandono deixam de contar para o apuramento do resultado. Têm a palavra os professores, no entanto tenho praticamente a certeza que a FENPROF não tardará a reagir, afirmando que a luta continua, uma vez que o seu objectivo não passa por negociar proposta alguma, mas servir os interesses políticos do patrocionador, pelo que mais do que as declarações formatadas em cassete de Mário Nogueira, importa ouvir as organizações independentes que também representam professores.
Edição ás 20H - Para evitar desviar atenções do que considero essencial esclareço que não tenho por objectivo do post criticar Mário Nogueira, julgo apenas que da parte da FENPROF não existirá qualquer vontade negocial, convém no entanto ter presente que a ministra apesar de tudo mostrou algum recuo com estas alterações, seria avisado alguma abertura da parte dos interlocutores, uma vez que em política não existem vitórias totais e absolutas. Para mais a opinião pública registará estas alterações, e espera que os professores possam dar também algum sinal de boa vontade, o que não quer de forma alguma dizer, aceitar tudo desde já. Pessoalmente considero que este modelo nem sequer é o mais indicado, gostaria de ver maior autonomia das escolas. Estava no post anterior, mas recomendo leitura deste artigo sobre o modelo da Nova Zelândia.