-Por favor militantes do PSD, se querem que o vosso partido tenha o mínimo de hipóteses de vencer as próximas legislativas, então substituam a vossa líder o quanto antes, a senhora em cada vez que abre a boca deixa entrar mosca ou sair asneira. Na passada semana eram os jornalistas que não deveriam poder escolher as notícias que publicam, e muito pior, o PSD não avança com propostas para que o PS não aproveite colocando em prática as ideias, como se o partido não estivesse em permanência ao serviço dos superiores interesses do país. Hoje mais uma pérola linguística da Dra Manuela Ferreira Leite, "não se podem fazer reformas em Democracia contra as classes profissionais, em Ditadura a conversa seria outra, eu não sei se não seria preferível suspender a Democracia por 6 meses para colocar tudo na ordem", foram as palavras inacreditáveis da candidata a primeiro-ministro de Portugal. Volta Menezes, estás perdoado!

       -António Vitorino avançou ontem com a proposta de constituição de comissão inspirada no modelo inglês, independente e aceite por ambas as partes para resolver o problema da avaliação dos professores, ideia já rejeitada por alguns sectores socialistas, que ontem estiveram reunidos com Maria de Lurdes Rodrigues na sede do Partido no Largo do Rato, onde não foi divulgado um comunicado mas alguns presentes acusaram os sindicatos e algumas organizações de não quererem sequer qualquer avaliação. O braço de ferro promete assim continuar, já ontem o Conselho das Escolas, órgão consultivo do Ministério da Educação aprovou por maioria uma recomendação à ministra de suspensão do processo de avaliação em curso. Hoje serão ouvidas as Associações de Pais (CONFAP). A menos de um ano das legislativas, substituir a ministra ou suspender a avaliação sem que exista um modelo alternativo seria uma derrota política para o governo, impor à força o actual modelo será um erro crasso com custos eleitorais que podem levar à perda da maioria absoluta, pelo que a solução não me parece fácil, considero no entanto que seria prudente não descartar a proposta de António Vitorino, como o fez o ministro Augusto dos Santos Silva, porque poderá ser a única saída possível a contento de todas as partes, já que no actual clima de posições extremadas ninguém sairá verdadeiramente a ganhar.