-Já deu para todos percebermos que o caso do BPN irá conhecer o mesmo destino que todos os processos mediáticos até hoje ocorridos em Portugal, será arquivado e a seu tempo convenientemente esquecido. Ninguém explica as razões que levaram a aplicar dinheiro da seg. social num banco de sustentabilidade duvidosa, quando o Estado é dono da CGD, nem sabemos quem tomou tal decisão. Muitos questionavam a fragilidade da instituição, excepto o Banco de Portugal, cujo governador confiava cegamente nos relatórios que lhe eram apresentados, apesar das alegadas irregularidades que o Mistério Público tomou conhecimento e supostamente terá investigado. Em Portugal desde há muito que a culpa morre solteira, mas não fosse o diabo tecê-las, antes que alguém pudesse ser condenado o Código Penal e o Código do Processo Penal foram convenientemente alterados.

Actualização em 11/11 ás 12h10m - O P.R. promulgou a nacionalização do BPN.

Vídeo via Arrastão

    -Tenho defendido que a ministra deveria mostrar abertura para alterar o actual modelo de avaliação, no entanto a meu ver deve ser completamente inegociável o princípio que existirá avaliação. Como escrevi em vários posts anteriores, nestas questões misturam-se vários interesses, quem está contra uma avaliação excessivamente burocrática com aqueles que pura e simplesmente não querem ser avaliados. Observando este vídeo, escutando com atenção as palavras das senhoras professoras, em particular da que se encontra à direita, fico ainda mais convencido que o governo deve separar o trigo do joio, negociando com quem quer melhorar o ensino, e deixar de lado os que apenas pretendem defender uma qualquer coutada que julgam sua por qualquer Direito que desconheço.

    -Hoje no fórum da TSF o presidente da FEPICOP defendeu a protecção do estado face ao eventual interesse das construtoras espanholas nos mega-investimentos que o governo pretende realizar em obras públicas. Era o que mais nos faltava, que além de obrigados a pagar por projectos financeiramente pouco rentáveis, alguns mesmo insustentáveis, para cúmulo ainda pagarmos uma espécie de valor acrescentado, pelo facto de muitas empresas cá do rectângulo não estarem habituadas a essa prática estranhíssima para elas, a que chamo concorrência. Para cúmulo as obras são co-financiadas pela U.E., que jamais iria comparticipar tal bizarria. Manuel Pinho não se comprometeu com tais estranhas e patéticas declarações.

     -Mirian Makeba, "mamã África" sentiu-se mal no final do concerto em Nápoles organizado em apoio ao escritor Roberto Saviano, autor de Gomorra e alvo de pena de morte decretada pela máfia. Veio a falecer no hospital, vítima de ataque cardíaco. Deixa-nos a sua música!