La démocratie donne toute sa valeur possible à chaque homme, le socialisme fait de chaque homme un agent, un instrument, un chiffre. - Alexis de Tocqueville
19
Out 08
publicado por António de Almeida, às 21:02link do post | comentar | ver comentários (10)

     -O PS-Açores e Carlos César são obviamente os principais vencedores do dia eleitoral nos Açores. José Sócrates que participou na campanha, sai também de alguma forma vitorioso, ainda que tenha dúvidas sobre a sua real influência no resultado. Igualmente o CDS/PP vê reforçada a sua votação, e Paulo Portas que participou de forma bastante activa na campanha, tendo inclusivamente aumentado o numero de mandatos, podem de alguma forma ser considerados vitoriosos, ainda que aqui a luta fosse pela sobrevivência nacional do partido. CDU, BE e PPM, neste caso particular pelo círculo do Corvo, uma especificidade local, têm razões para sorrir, muito pelo aumento do número de deputados no parlamento regional, Costa Neves e o PSD-Açores mantêm o resultado anterior, apesar do apoio nacional de Manuela Ferreira Leite, que tinha considerado existir um significado nacional nestas eleições, saindo como derrotada, ainda que não de forma desastrosa ou desonrosa.


publicado por António de Almeida, às 20:45link do post | comentar | ver comentários (1)

        -Até hoje, desde o advento das autonomias regionais nos arquipélagos dos Açores e Madeira, nos primórdios da democracia portuguesa, nunca um presidente de governo regional perdeu umas eleições a que concorresse. Em mais de 30 anos, a única alteração ocorreu precisamente nos Açores, quando Mota Amaral após 20 anos no desempenho do cargo decidiu não se recandidatar. Economias de pequena escala, demasiado dependentes dos apoios do estado que chegam através dos governos regionais, para além dum elevado número de funcionários públicos, constituem um caldeirão de interdependência pouco propício à alternância democrática. Uma boa razão para se olhar com desconfiança para os projectos de regionalização em Portugal continental, digo eu. E nada tem que ver com PS ou PSD, mas sim com o peso excessivo do estado, que a nível regional apesar da maior próximidade entre os centros de decisão e as populações, ainda se torna mais asfixiante.


publicado por António de Almeida, às 17:51link do post | comentar | ver comentários (2)

      -O apoio do general Colin Powell, antigo conselheiro de segurança nacional de Ronald Reagan, Chefe do Estado Maior das forças armadas com George H. Bush, e secretário de estado durante o primeiro mandato de George W. Bush, ao senador Barack Obama, não poderá de forma alguma ser considerado uma surpresa, face ao progressivo afastamento do general da administração republicana, em particular de Cheney e Rumsfeld no início da guerra do golfo. Recorde-se também o episódio protagonizado, a contragosto segundo muitos analistas da ida à ONU explicar a existência das armas de destruição maciça, que justificaram a intervenção no Iraque. O significado político a retirar deste apoio, é a meu ver, que McCain ao escolher Sarah Palin como V.P., hipotecou o eleitorado moderado, para agradar aos sectores mais tradicionais do GOP, que o olhavam com desconfiança, é conhecida a sua fama de maverick, mas as eleições ganham-se ou perdem-se nos chamados estados swing, que tanto votam Democrata como Republicano, e não será Palin que conseguirá atrair esse eleitorado.


publicado por António de Almeida, às 12:32link do post | comentar

       -Como afirmei na altura do primeiro veto presidencial, Cavaco Silva marcou terreno político junto do seu eleitorado, ao manifestar a sua posição sobre o divórcio, o PS evitou o confronto puro e duro, ao incluir alterações pontuais ao diploma, que por um lado permitiram afirmar que reflectiram algumas preocupações manifestadas pelo P.R., o qual por sua vez agora vai ao que parece promulgar a legislação, não se sujeitando a nova votação na A.R., que o obrigaria à promulgação nos termos constitucionais. PS e Cavaco Silva levaram aos limites a sua discordância, evitando o confronto institucional, mas o terreno ficou a partir daqui claramente demarcado, a cooperação estratégica já não existe, agora é cada um por si.


publicado por António de Almeida, às 10:20link do post | comentar | ver comentários (2)

      -José Sócrates e o PS encontraram na actual crise financeira internacional, uma boa justificação para desculpabilizar todos os insucessos governamentais. Os tais 150 mil postos de trabalho que não foram criados, o desemprego que aumentou, passaram a ter a crise como responsáveis. A um ano das eleições, esta pode ter sido a oportunidade de ouro para a manutenção da actual maioria parlamentar. A máquina do PS está a passar aos portugueses informação quase diária, dos problemas que a conjectura actual levantam ao governo, e a sua implicação, perante o total desnorte e incapacidade de reacção da oposição. A manter-se o actual cenário, preparem-se para mais 4 anos.

tags:

mais sobre mim
Outubro 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9





comentários recentes
comunismo=fascismo
Gostam de falar sobre os mamarrachos mas esquecem ...
Muito Bom post. Realmente, este flagelo agrava em ...
Muito Bom post. Realmente, este flagelo agrava em ...
A Censura anda muito activa nos comentários dos bl...
Posts mais comentados
pesquisar neste blog
 
arquivos
links
subscrever feeds
blogs SAPO