-Considero obviamente positivas as descidas das taxas de juro e subida das bolsas, mas tenho sérias dúvidas quanto à sua sustentabilidade. No caso português, o governo decidiu disponibilizar uma garantia de 20 mil milhões de Euros ao sistema bancário, sem qualquer contrapartida, o que não poderia acontecer de outra forma, já que até ao momento não consta que alguma instituição tenha solicitado sequer um cêntimo de auxílio. A partir de hoje a meu ver, qualquer gestor poderá tomar riscos, em caso de sucesso será elevado à categoria de génio, um guru da finança, se o negócio correr mal, os seus erros de gestão estão cobertos por apólice emitida pela Portugal S.A., e cá estaremos nós contribuintes, transformados em accionistas involuntários, para suportar os prejuízos que poderão ter consequências desastrosas.

Actualização: Os EUA preparam-se para apresentarem um plano de garantias ao sistema bancário, semelhante ao anunciado ontem pelos países da zona Euro, Portugal incluído.

      -Marcelo Rebelo de Sousa criticou ontem duramente a estratégia de silêncio sem apresentação de propostas alternativas por parte da actual líder social-democrata, Pedro Passos Coelho em entrevista hoje ao DN alinha pelo mesmo diapasão, se acrescentarmos as críticas semanais que Luís Filipe Menezes vai proferindo, diria que Manuela Ferreira Leite se encontra cada vez mais isolada, cercada junto dos seus próximos, mas longe de ter a certeza que será ela o rosto que enfrentará José Sócrates nas legislativas do próximo ano.

-Vá lá, prestem auxílio a George W. Bush em:

http://www.wallstreetpong.com/

      -A ler esta entrevista a António Borges, onde manifesta expectativas cautelosas quanto aos apoios governamentais às instituições financeiras, reafirmando no entanto que existe falta de confiança no funcionamento dos mercados, proferindo igualmente afirmações interessantes, como o subprime ter sido o instrumento que possibilitou às famílias adquirirem as suas casas, embora ninguém estivesse preparado para a descida de valor no mercado imobiliário, provocado pela subida de juros, o que provocou o rebentar da bolha, que seria inevitável mais cedo ou mais tarde. António Borges elogia também o ministro das finanças, e fala da política económica europeia.