La démocratie donne toute sa valeur possible à chaque homme, le socialisme fait de chaque homme un agent, un instrument, un chiffre. - Alexis de Tocqueville
31
Out 08
publicado por António de Almeida, às 17:34link do post | comentar | ver comentários (17)

      -Em qualquer manifestação onde se unem movimentos, existem naturalmente diversas motivações, ainda que sob um qualquer denominador comum. Os professores defendem a suspensão do actual sistema de avaliação, muitos estarão certamente de boa fé, apenas contra um método excessivamente burocrático, que obriga a relatórios inúteis e desvia os docentes da sala de aula que é o lugar onde pertencem. Mas vamos falar claro, muitos professores estão na realidade contra qualquer método de avaliação, preferindo um sistema de progressões automáticas na carreira mediante antiguidade. Nada mais retrógrado, em qualquer profissão existem bons e maus, os professores não constituem excepção, não é justo que o absentismo, a falta de dedicação e a mediocridade tenha o mesmo valor que o profissionalismo  e a excelência. Desde logo é injusto para com os bons, e principalmente para com os alunos, a educação existe para formar pessoas, não para dar coutada a uma corporação. Estou de acordo que este modelo de avaliação possa ser aperfeiçoado, desde que os professores aceitem partir do princípio que terá de existir uma avaliação, que permita separar o trigo do joio.


publicado por António de Almeida, às 13:26link do post | comentar

      -A Brisa, empresa concessionária da maioria das auto-estradas portuguesas, registou um decréscimo de 6 mil carros por dia a circularem nas vias. O primeiro ministro José Sócrates porque descobriu de repente que o país deveria assentar o seu crescimento económico na cartilha keynesiana, mantém o investimento nas grandes obras públicas, entre as quais as auto-estradas. Está certo, no final alguém pagará a factura, deixem-me adivinhar quem será!


publicado por António de Almeida, às 10:22link do post | comentar | ver comentários (1)

        -Percebe-se nos últimos dias algum distanciamento do círculo mais próximo de Sarah Palin face a John McCain, perante a mais que previsível vitória de Obama, há no partido Republicano quem pretenda responsabilizar o senador do Arizona pela derrota. Seria de rir até levar às lágrimas não fosse um assunto demasiado sério, o GOP está dominado por uma seita fundamentalista incapaz de ver para lá do seu umbigo. É uma das razões porque desejo a vitória de Obama, esperando que a mesma determine uma limpeza no campo Republicano, que afaste da cúpula do partido o grupo que impôs a John McCain a inclusão da inenarrável mrs Palin na candidatura. Mas em 2012 a loucura poderá tentar o regresso, e Palin será bem capaz de ser o melhor que conseguirão arranjar, mas terão de passar as primárias, onde candidatos com outra credibilidade irão certamente aparecer. O único factor positivo que consigo vislumbrar em Sarah Palin é os momentos de boa disposição que nos oferece, uma verdadeira dádiva para os humoristas com as suas bizarrias.


publicado por António de Almeida, às 00:09link do post | comentar | ver comentários (1)

      -Tivesse este rocambolesco episódio do financiamento partidário ocorrido durante o governo de Santana Lopes e aqui d'el rey, teria caído o Carmo e a Trindade perante mais uma trapalhada do menino guerreiro. Curioso que não veja agora igual indignação perante a incompetência no mínimo, a alternativa será má-fé ou desonestidade, do actual governo com todo este lamentável episódio do Orçamento de Estado, primeiro foi uma pen drive sem ficheiro, depois uma lei que supostamente teria permanecido imutável mas que afinal tinha sido alterada. Rejeitado o pedido de alteração resta agora a discussão na especialidade para dar o dito por não dito.


30
Out 08
publicado por António de Almeida, às 16:20link do post | comentar | ver comentários (2)

 

 


publicado por António de Almeida, às 12:08link do post | comentar | ver comentários (1)

     

      -Desde 1980 até hoje sempre apoiei candidatos do Partido Republicano, excepção a 2004 que passei relativamente indiferente à disputa W.Bush vs Kerry, por discordar do primeiro mas longe de desejar uma vitória do Democrata. Em 2008 apoio Barack Obama, por considerar que face à expectativa que conseguiu gerar à sua volta poderá contribuir para um clima de optimismo na América e no mundo, bem necessário nos dias que correm, mas também por sentir que o senador do Illinois está preparado para lidar com as questões internacionais, do Iraque ao Afeganistão, passando pelo médio-oriente, e que apesar da disponibilidade manifestada para conversar com alguns governantes pouco recomendáveis, os EUA continuarão a ser um defensor da democracia e liberdade. Sei que não será fácil a tarefa de Obama, a onda que criou em seu redor gerou uma esperança quase messiânica, à qual será sempre díficil corresponder, julgo que alguma esquerda intelectual europeia, portuguesa incluida, será a primeira a ficar desiludida, mas se assim acontecer serão boas notícias. Muitos questionam os apoios recebidos, que permitiram bater em primeiro lugar Hillary Clinton nas primárias, o que era de todo improvável à partida, e agora Obama prepara-se para fazer história, conseguindo ganhar estados como a Virgínia ou Carolina do Norte, arrasando eleitoralmente um John McCain que teve contra si suceder a George W. Bush, o pior presidente que governou o país desde Jimmy Carter. Ontem Obama comprou 30 minutos de prime time nas principais cadeias de televisão, a excepção foi a CNN onde McCain se apresentou bem diante de Larry King, procurando ainda reverter o que já é imparável. Os apoios de Obama vêm em primeiro lugar de pessoas que nunca se interessaram por política, e até de muitos Republicanos convictos, desiludidos com a tomada de poder no seu partido por parte de fanáticos evangélicos fundamentalistas. Fará bem ao GOP uma derrota monumental, para expurgar a seita da liderança do partido, permitindo uma renovação tranquila que traga de volta a casa os valores de sempre, menos estado, mais liberdade.


publicado por António de Almeida, às 10:40link do post | comentar | ver comentários (3)

         -Seria justo que uma empresa ficasse obrigada a entregar o IVA ao estado, quando efectivamente recebe do seu cliente o pagamento pelo bem ou serviço transaccionado. Em Portugal vigora a regra do imposto ser pago após a emissão de factura, e não do recibo, o que é duplamente injusto, porque obriga à liquidação por parte de quem não recebeu, e permite a dedução por parte de quem não pagou. Convém relembrar os mais distraídos, que para ser possível liquidar o IVA apenas após a emissão de recibo, seria obviamente necessário apenas aceitar a dedução das verbas efectivamente liquidadas, e não facturadas como acontece actualmente. A injustiça é tanto maior, quanto muitas vezes é o próprio estado a pagar tardiamente, exigindo que as empresas entreguem ao Estado dinheiro que ainda se encontra na posse do Estado. Alterando agora o artigo 114º do RGIT através do O.E. o governo presta um mau serviço à competitividade das empresas, mas já percebemos que apoios apenas estão disponíveis para bancos, e dinheiro para financiar as grandes obras, verdadeiros mastodontes em matéria de delapidação das contas públicas.


publicado por António de Almeida, às 10:13link do post | comentar | ver comentários (5)

    -Manuela Ferreira Leite vem pela primeira vez afirmar que governará o país em caso de vitória, mesmo que obtendo uma maioria relativa, e qualquer outro resultado que não seja o PSD ficar à frente do PS, significará uma derrota. Registo estas declarações para memória futura, não apareçam em caso de perda de maioria absoluta por parte do PS algumas cabeças sociais democratas a reclamarem uma vitória fantasma, já que segundo a líder da oposição, ou perde-se, ou ganha-se.


29
Out 08
publicado por António de Almeida, às 20:32link do post | comentar | ver comentários (3)

      -Aumentam os sinais que o PS poderá apresentar no parlamento inalterada a proposta do Estatuto político dos Açores, vetada esta semana pelo Presidente da República, obrigando assim à sua promulgação. Há quem afirme e bem, estarmos perante uma tempestade num copo de água, mas em questões de princípio não podem nem devem existir cedências, limitar poderes presidenciais através de legislação ordinária, é inaceitável e inconstitucional. Se o PS persistir no erro, ao qual José Sócrates não será alheio, resta o Tribunal Constitucional, que se vier dar razão a quem coloca em dúvida a legitimidade da proposta, causará uma derrota estrondosa e desnecessária a quem não quer perceber o óbvio, confundindo determinação com teimosia, que em dose exagerada se transforma em estupidez.


publicado por António de Almeida, às 17:36link do post | comentar | ver comentários (1)

      -O Ministro do Trabalho Vieira da Silva, considera imprescindível subir os rendimentos salariais como forma de combater a pobreza. Tenho exactamente o mesmo ponto de vista. Considero desejável subir a produtividade para como forma de possibilitar o crescimento salarial que o ministro defende. O papel das empresas não é promover a redistribuição de riqueza nem tão pouco a solidariedade social, devem procurar ser competitivas, criar riqueza, pois apenas dessa forma conseguirão gerar emprego. O combate ás desigualdades sociais pode ser travado nas escolas, melhorando as qualificações, que irão abrir oportunidades e por essa via elevar as remunerações. Em Portugal os governantes costumam confundir um pouco os planos, esquecendo as competências de cada um, durante anos o direito à habitação foi assegurado às custas dos senhorios, impedidos de aumentar rendas, o que levou á ruína de imóveis, resultando em especulação imobiliária e desertificação dos centros urbanos nas principais cidades, convém agora não repetir o erro, obrigar empresas a remunerar os trabalhadores acima das possibilidades, sem obter ganhos de produtividade, produzirá efeitos contrários, aumentando exponencialmente as falências, arrastando os trabalhadores para o desemprego.


publicado por António de Almeida, às 15:22link do post | comentar | ver comentários (3)

     -Mais uma vez as escolas privadas ocupam os primeiros lugares no ranking, apenas a D.Maria em Coimbra aparece em 17º lugar. O facilitismo dos exames foi igual para todos, enquanto na escola pública os professores perderam autoridade, são desrespeitados por alunos e encarregados de educação, têm de aturar nas aulas toda a espécie de bardinagem e arruaceiros pouco interessados em aprender, prejudicando outros, no privado tal não acontece, só está quem quer, disciplina é uma palavra com significado. Outros factores como o absentismo e greves não deixam de contribuir de forma mais ou menos acentuada para os maus resultados do ensino público. Enquanto não for permitido às escolas escolher livremente o seu corpo docente, e remunerar de forma diferenciada os seus professores de acordo com o desempenho obtido, continuará a prevalecer a mediocridade. Depois seria necessário que o financiamento da própria escola variasse em função dos resultados, chama-se gerir por objectivos, algo que sindicatos e alguns menos capazes não apreciam, mas que acabaria com feudos e coutadas, para além de premiar os verdadeiros profissionais.

 

Adenda: O CNE aponta precisamente no caminho errado.


publicado por António de Almeida, às 13:55link do post | comentar | ver comentários (1)

     -O facilitismo que presidiu à elaboração dos exames nacionais de matemática alcançou o objectivo, a estatística mostra uma clara melhoria nos resultados, que chegam mesmo a impressionar, mais de mil escolas alcançaram uma média superior a 2,5 valores contra apenas duas centenas em 2007. No conjunto das disciplinas sujeitas a exame, Português e Matemática 97% das escolas alcançaram classificação positiva, contra 66% o ano transacto. Está de parabéns Maria de Lurdes Rodrigues e o grupo de boys que elaborou provas tão básicas, para o ano deixo uma sugestão, permitam cábulas e coloquem um explicador ao lado de cada aluno, talvez possam alcançar a excelência, 100% de resultados positivos, o eduques está imparável, ainda que muitos estejam destinados à mediocridade pela vida fora, porque ninguém os prepara para ingressar num mercado de trabalho onde a história não é assim tão simples.


28
Out 08
publicado por António de Almeida, às 22:10link do post | comentar | ver comentários (3)

    -Num país normal, desenvolvido e democrático um primeiro-ministro jamais se daria ao incómodo de telefonar a um director de jornal para desmentir uma notícia, muito menos se sujeitaria ao enxovalho de ter mais tarde de dar o dito pelo não dito, após comprovar que o jornal tinha cumprido o seu dever de informar, limitando-se a publicar a verdade dos factos. Desconheço obviamente se existiu ou não telefonema de José Sócrates ao director do Diário Económico, mas espero com alguma curiosidade pelo esclarecimento deste bizarro episódio, para perceber finalmente se Portugal é um país do primeiro mundo ou uma república das bananas governada por um bando de loucos e paranóicos.


publicado por António de Almeida, às 10:58link do post | comentar | ver comentários (17)

Alegre defendia já um novo contrato social, com maior papel do Estado, e lembra agora que ultraliberais como Milton Friedman vêm agora pedir a nacionalização da banca japonesa e que o ex-presidente do banco central dos EUA, Alan Greenspan reconheceu que errou.
 

    -Desconheço se o erro pertence ao PÚBLICO ou a Manuel Alegre, mas duvido seriamente que Milton Friedman tenha defendido qualquer nacionalização, o autor de Capitalismo e Liberdade faleceu há quase dois anos.

     -Manuel Alegre defende pelos vistos a regulação da globalização, se exceptuarmos políticas proteccionistas, não percebo como poderá conseguir alcançar tal regulação, ouço falar em nova ordem mundial, Hitler sonhou com uma, Estaline com outra, antes deles Napoleão um pouco mais modesto apenas almejou uma nova ordem europeia, a alternativa à globalização será estados fechados sobre si próprios, e novos conflitos armados. A abertura de fronteiras e o livre comércio permitiram décadas de paz e prosperidade sem paralelo na História da Humanidade. A actual crise internacional será ultrapassada, mas não me parece que o socialismo seja a opção mais desejável.

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27
Out 08
publicado por António de Almeida, às 16:14link do post | comentar | ver comentários (4)

     -Tal como já tinha sido antecipado por muitos comentadores o P.R. vetou o Estatuto Político dos Açores. Expurgado o diploma das inconstitucionalidades, mas permanecendo o artigo 114º inalterado, Cavaco Silva não tinha espaço de manobra para outra decisão que não vetar o diploma, após a comunicação ao país em 31 de Julho. Convém relembrar que o Estatuto foi aprovado duas vezes por unanimidade, cabendo agora a última palavra à A.R., em particular ao PS, por dispor de maioria absoluta, o que na prática lhe deixa a decisão sobre o que fazer a seguir, alterar novamente o diploma, ou aprová-lo como está, obrigando o P.R. à sua promulgação. Tem a palavra José Sócrates.


publicado por António de Almeida, às 15:56link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 

-Ou apenas um prodígio de engenharia?


publicado por António de Almeida, às 12:16link do post | comentar | ver comentários (2)

       -Eu cidadão se deixasse de pagar os meus impostos e visse os meus bens penhorados pela DGCI, dificilmente teria a "sorte" de ver desaparecer o meu auto de penhora, em tempos até me citaram por ser devedor de 1 cêntimo, para o qual me notificaram através de carta registada, agora fico a saber que desapareceram processos respeitantes a Sporting C.P. e S.L.Benfica. O futebol continua em Portugal a beneficiar de cumplicidades e interesses vários, que fazem com que nem todos os contribuintes sejam iguais perante a Lei, pois manifestamente uns serão mais iguais que outros.


publicado por António de Almeida, às 12:06link do post | comentar

      -A descida da cotação do barril de petróleo nos mercados internacionais seria uma boa notícia se não estivesse relacionada com a crise financeira internacional, deixando muitos países em recessão e outros a caminhar no mesmo sentido. As bolsas continuam em queda, tendo os mercados asiáticos encerrado mais uma vez em baixa, as praças europeias, Lisboa incluída irão sofrer destino idêntico, veremos mais tarde se o Dow Jones conseguirá inverter a tendência, ou se pelo contrário nos trará mais do mesmo.

 

Adenda: Jean Claude Trichet admite baixar os juros na próxima semana, é certo que o fará, e a Euribor deverá antecipar tal tendência ainda durante esta semana, por considerar afastado o perigo de inflação, eu diria mesmo que agora existe o perigo de deflação.

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