-O governo português prossegue a sua fúria reguladora, pedindo à Comissão Europeia que intervenha na tarifa das comunicações, mesmo após o Parlamento Europeu ter recusado tal proposta. Já tivemos maus exemplos com o arredondamento dos juros à milésima, sempre que o estado intervém na economia a pretexto de beneficiar o consumidor, este acaba suportando novos custos entretanto criados, normalmente mais onerosos que os entretanto regulados.

       -Existem nos Estados Unidos da América duas instituições que defendem a liberdade dos ataques dos políticos, o Supremo Tribunal e o Congresso, sendo possível que as nacionalizações decretadas por George W. Bush, com o apoio de John McCain possam ser chumbadas. Barack Obama tem aqui uma oportunidade de mostrar o seu pensamento, veremos de que forma aproveita.

 José Sócrates: Europa está a pagar o preço da ausência de regulação dos mercados nos EUA      

      -É uma total falsidade esta afirmação de José Sócrates, a crise do subprime (crédito hipotecário de alto risco), começou com problemas na Fannie Mae e no Freddie Mac, só por má fé ou ignorância alguém poderá afirmar que não existia regulação. Aliás, nos tempos da administração Clinton, existiram orientações no sentido de facilitar a concessão de créditos a negros e hispânicos, o que não estando na origem do problema, dificilmente poderá ser classificado de liberalismo sem escrúpulos.

      -O João Gonçalves já tinha antecipado que Santana Lopes seria constituído arguido, mas eu não descartaria para já de forma alguma a eventual candidatura do ex-primeiro ministro à CML. Caso o inquérito venha a ilibá-lo, será o retomo da cabala, permitindo-lhe a vitimização, uma eventual derrota, dado o seu peso político, nunca seria um fardo para Manuela Ferreira Leite, para quem a manutenção de Seara em Sintra, garante-lhe a renovação do mandato. António Costa pode começar a pensar que 2009 talvez não seja o passeio que sonhou.

      -Considero inaceitável que entidades públicas, hospitais ou qualquer outras, demorem uma eternidade para honrar os seus compromissos, liquidando tarde e a péssimas horas os bens ou serviços contratados. No sector farmacêutico a perversidade é de tal ordem, que as empresas acabam por aumentar as margens de comercialização, transferindo os custos do incumprimento estatal para os demais clientes.

         -Ou a repetição de algo semelhante ao que já vimos na Quinta da Fonte. Desconheço se os acontecimentos da Moita foram de motivação racial, luta territorial pelo controlo do narcotráfico ou outro, algum pudor jornalístico, e a ditadura do politicamente correcto teimam em contar apenas parte da história, embora a verdade acabe sempre por vir ao de cima, mas a cultura de gangs começa a instalar-se perigosamente no país. Os cidadãos começam a dar mostras de estarem fartos da situação, quando a oportunidade se lhes depara procuram aplicar Justiça pelas próprias mãos, afinal a única que traz consequências a energúmenos deste calibre, já que a moldura penal vigente no país é totalmente permissiva e tolerante, não sendo pois de espantar que novos episódios possam vir a ocorrer algures num futuro próximo.

Adenda: 7 feridos sem gravidade foram atendidos no Hospital do Barreiro.

       -Se um electrodoméstico lá de casa avariar, e chamar um técnico para proceder à reparação, é mais que certo que me será cobrado IVA nas peças necessárias, mas a mão de obra será paga sem factura. Isto porque muitos nem sequer trabalham de outra forma, alguns ainda perguntam, mas a diferença de preço é tal, que todos sabemos a resposta. Por mais campanhas de sensibilização que se façam, a realidade é que a carga fiscal em Portugal é manifestamente excessiva, 20% de IVA é um abuso, que interesse tenho em pagar mais 20% pelo trabalho dum canalizador, pedreiro ou electricista, se não o posso deduzir? Não me interessa saber se tais prestadores de serviço fogem ou não, quero é mesmo pagar menos para obter o serviço. Estes exemplos podem multiplicar-se um pouco por toda a economia, inclusivé na prestação de trabalho, não é aumentando as contribuições fiscais sobre o trabalho a termo que ele vai diminuir, como aponta o ministro no novo Código do Trabalho, pelo contrário, ele tenderá a tornar-se informal sempre que possível, os socialistas terão de encaixar duma vez por todas nas suas cabeças, que as pessoas querem liberdade, e pagar menos impostos, quanto maior e mais pesada for a legislação tributária, maior será a vontade de contorná-la, e a imaginação colocada ao serviço de tal objectivo.