-Continuo a pensar que o problema do mercado de combustíveis em Portugal, não são práticas concorrenciais ilícitas, como a concertação de preços, mas a falta duma verdadeira concorrência. A Galp detém o monopólio da refinação, e a maior fatia da distribuição, não restando grande margem de manobra a outras empresas, excepto tomar os preços praticados pela GALP como referência. Entendo que a fixação de preços administrativos poderia beneficiar o consumidor no curto prazo, diria mesmo apenas no imediato, mas a médio e longo prazo seriam sempre os mesmos a pagar a factura, a meu ver seria desejável uma maior fragmentação do mercado de distribuição, que levasse a GALP a reduzir substancialmente a sua posição dominante, da qual manifestamente abusa. Temo no entanto que o governo acabe por tomar o caminho mais fácil, que é sempre o da regulação.