-Enquanto na liberal América se opta pela via socialista, na velha Albion, o mercado funciona.
-Depois da JS, agora é a JSD a vir propor a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não me considero retrógrado, nem entendo que o sexo sirva apenas para procriar, já defendi a criação jurídica duma união civil contratualizada, que salvaguarde os direitos e deveres, de quem tendo uma opção ou orientação sexual diferente da maioria, chamem-lhe o que quiserem, pouco me importa, nomeadamente em matéria de heranças, assistência familiar e outras circunstâncias que hoje penalizam de facto pessoas em concreto. Mas não lhe chamem casamento, para mim a nomenclatura ainda importa. O primeiro ministro José Sócrates, afirmava no início da legislatura, que deveríamos importar as boas práticas europeias, pois bem, adoptem para Portugal uma legislação semelhante à inglesa, e deixem-se de ir atrás da vizinha Espanha, porque se pretenderem copiar hábitos do lado de lá da raia, então tragam-me também os touros de morte.
-O PS já anunciou que não irá recuar no essencial da sua proposta, clarificando apenas a questão dos créditos para atribuição de compensação patrimonial, optando por assumir a divergência política face á visão sobre a matéria, que o separa do Presidente da República. Cavaco Silva por seu lado ficará obrigado à promulgação do diploma, tendo marcado uma clara posição política junto do seu eleitorado, vetando politicamente quando o poderia fazer, manifestando pública discordância, mas estando impedido constitucionalmente de ir mais além. Esta questão não me parece contudo a mais essencial, para percebermos o clima nas futuras relações entre Belém e S.Bento, recorde-se que Cavaco Silva vetou alguns diplomas, remetendo as questões de volta para o parlamento, mas também promulgou outros não menos controversos, se o PS recuar por exemplo no Estatuto dos Açores, mostrará um sinal de abertura, se pelo contrário optar por ignorar os reparos presidenciais, então terá sido mesmo o fim da cooperação estratégica, e caso o PS venha como é previsível a vencer as próximas legislativas, se Cavaco Silva permanecer em Belém, será o retomar da velha história das forças de bloqueio.
-Mais uma vez a Reserva Federal, com a óbvia aprovação do governo americano, George W. Bush já prestou declarações nesse sentido, opta pela nacionalização duma empresa financeira, neste caso a AIG, ao conceder uma linha de crédito de 85 mil milhões de dólares, a liquidar em 2 anos, em troca do controlo de 80% do capital da seguradora. Com esta decisão, os prejuízos causados por uma gestão irresponsável e gananciosa serão pagos pelos contribuintes norte-americanos.