-Um novo ano escolar que começa, com os velhos problemas e vícios do sistema, apesar de alguns aspectos positivos, como a introdução duma avaliação dos professores, sempre é preferível um mau modelo de avaliação do que avaliação nenhuma, e que as promoções na carreira sejam obtidas pelo mérito, e não por antiguidade, a gradual substituição dos orgãos colegiais pela figura do sr. Director, gosto de pensar que os resultados positivos ou negativos, têm um rosto que podemos responsabilizar, em lugar do péssimo hábito da culpa, morrer sistematicamente solteira. Claro que continuam a existir problemas ao nível das instalações, apoios pedagógicos aos alunos, e outras lacunas que regularmente são apontadas, nomeadamente pelos professores, cujo papel não pode de forma alguma ser menosprezado. Mas a sua voz deverá ser ouvida escola a escola, caso a caso, e não de forma corporativa através de sindicatos. O pior será mesmo a continuação da falta de exigência, tendo por objectivo o aproveitamento da totalidade dos alunos, o que ao longo dos anos se tem traduzido pela formação de inadaptados ao mercado de trabalho, engrossando as listas do desemprego, motivados pelo pudor em introduzir exames, mas também a falta de autonomia das escolas na escolha do seu corpo docente. Falta coragem ao poder político para afrontar o excessivo poder sindical, em particular da CGTP através da sua correia de transmissão FENPROF, que procuram manter a coutada que detêm no ensino público, para utilizar com os mais diversos objectivos políticos, o que tem sido prática habitual ao longo dos anos, também aqui, nada de novo devemos esperar.