-Um cidadão desloca-se a uma esquadra para apresentar uma queixa, é suposto estar seguro dentro das instalações policiais. Um outro individuo desloca-se à mesma esquadra, saca da arma e dispara sobre o queixoso. Lamento, mas deveria ter sido abatido, quem puxa duma arma perde a meu ver, o direito à presunção de inocência. E se a vítima baleada vier a falecer? Será que uma condenação a 25 anos, seguida de arrependimento e bom comportamento, durante o cumprimento da pena poderão servir para expiar o crime? Para a vítima sei que não terá qualquer utilidade.

        -Não pretendo fazer a outros, o que me fizeram a mim, ou irei permanecer calado, foram frases que ouvimos ao anterior líder do PSD, Luis Filipe Menezes. Apenas alguns incautos poderão ficar surpreendidos por não ter cumprido as promessas, afinal Menezes não engana, continua errático, igual a si próprio. No entanto considero que seria benéfico para o PSD uma clarificação interna, obtida num congresso, com delegados a eleger, ou através de eleições directas, desde que os estatutos fossem revistos, e obrigasse a uma 2ª volta, para que o PSD pudesse ter paz duma vez por todas, já que nenhuma liderança se conseguirá fortalecer, sendo alvo de ataques internos quase diariamente. Tem acontecido a todos os presidentes do partido, sem excepção, desde Durão Barroso. É impossível a um partido conquistar a confiança dos portugueses, quando nem a dos seus próprios militantes consegue.

       -O governo, e em particular a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, não gostam de ouvir falar em facilitismo na hora de apresentar balanço, pois certamente que gostariam que a melhoria nos resultados fosse creditada ao sucesso da política educativa. Mas nestas alturas, nada como recordar a opinião dos professores de matemática por exemplo, que consideraram o exame do 9º ano, como o mais fácil de sempre. Salta à vista de qualquer um, que Portugal continua a não apostar na melhoria do sistema de ensino, introduzindo uma cultura de rigor e exigência, preferindo antes o caminho do facilitismo, que sempre permite cantar vitória quando se analisam dados estatísticos, ainda que a consequência seja continuar a formar inadaptados para engrossarem o rol dos baixos salários, recibos verdes e novas oportunidades. O eduquês continua a dar cartas.