La démocratie donne toute sa valeur possible à chaque homme, le socialisme fait de chaque homme un agent, un instrument, un chiffre. - Alexis de Tocqueville
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Mai 08
publicado por António de Almeida, às 11:54link do post | comentar | ver comentários (7)

      -Portugal tem uma péssima tradição histórica, desaproveitar as oportunidades com que ciclicamente se depara. Grande parte do gigantesco apoio financeiro comunitário nos anos 80 evaporou-se inutilmente, tolerando o chico-espertismo e premiando o oportunismo, em lugar de apostar num desenvolvimento sustentavel, e mais tarde no final dos anos 90 reeditámos os amanhãs que cantam mas ninguém ouviu, promovendo o diálogo, embarcando num irresponsavel nacional-porreirismo para tudo terminar num pântano de onde ainda hoje não conseguimos verdadeiramente sair. Sem dinheiro no presente, com uma conjuntura internacional pouco favoravel nem margem para aumentar impostos, pelo contrario, cada vez mais existe pressão no sentido inverso, e não dispondo felizmente da mais aberrante solução que os ministros das finanças dispunham que era desvalorizar a moeda, obrigados, e bem, a manter as contas públicas controladas, não existem soluções milagrosas nem bolas de cristal. Aumentar a receita não é mais possível, resta reduzir a despesa, mas qual? e as consequências? o actual modelo de estado social é impossível de manter por muito mais tempo, os portugueses não têm dinheiro para poderem pagar o aumento dos vencimentos dos funcionarios públicos, a escola pública, o SNS,  as SCUT, ainda há quem fale em subsidiar transportes, reduzir ISP e alargar o âmbito dos passes sociais, e muitas outras políticas com a mesma matriz que consomem grande parte das finanças públicas. O estado não pode gastar aquilo que não tem, que não recebe, a não ser que encarem como solução possível aumentar irresponsavelmente a dívida pública, deixando a factura ás gerações vindouras. Nesta encruzilhada que caminho seguir? Apenas o estímulo da economia poderá gerar riqueza e criar emprego, mas não defendo um paraíso de gestores, o nosso PSI 20 é uma vergonha, quantos são verdadeiros empresários e correm riscos? só se fôr o risco de serem despedidos com uma choruda indemnização pelos accionistas das empresas que gerem após terem tomado más decisões, defendo sim um papel menor do estado, um estado mais pequeno tem menos parasitas á volta, consome menos recursos, que ficam disponíveis para investimento e consumo por parte duma sociedade que neste momento está completamente estrangulada por uma excessiva carga fiscal. Diminuindo o papel do estado também será possível instalar no país uma cultura de concorrência, e não aquele corporativismo herdado que representam as maiores empresas nacionais, muito grandes por cá, esmagando a concorrência e ditando regras no mercado, mas simultaneamente negociando apoios e subsídios, e não raras vezes influenciando o poder político procurando obter legislação por medida, gostaria de ver o estado privatizar totalmente essas empresas, entregá-las definitivamente a si próprias, sem participações nem golden-shares, e obrigá-las a fazer pela vida, como milhões de portugueses diariamente. Definir em primeiro lugar o papel do estado, e fazer as reformas necessárias é o desafio que se coloca a Portugal nesta altura, existirão políticos dispostos a tal trabalho?


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