Saramago sente que pavilhões diferenciados na Feira do Livro promovem discriminação
-O escriba cassete José Saramago vem protestar contra uma eventual discriminação de classe a propósito da polémica dos pavilhões diferenciados na feira do livro de Lisboa, pretendidos pelo grupo LeYa. Em matéria de discriminação de classe Saramago deve saber bem do que fala, sendo mesmo uma autoridade na matéria, pois enquanto director do DN, em tempos seguiu a velha máxima dum outro escritor nobelizado, embora com ligeira adaptação, "todos os jornalistas são iguais, mas existem alguns mais iguais que outros". Enquanto consumidor de livros, quero que a feira se realize, com pavilhões iguais ou diferenciados, ainda que não tenha por objectivo deslocar-me á feira para comprar qualquer livro de Saramago, escritor que nunca comprei nem li, pese o facto de adquirir dezenas de obras anualmente, apenas por considerá-lo irrelevante.