-Vai crescendo o entusiasmo á volta da candidatura de Pedro Passos Coelho um pouco em diversos blogues de tendências liberais. Confesso que também tenho sentido alguma identificação com esta candidatura, nomeadamente na defesa das privatizações de empresas públicas e flexibilização da legislação laboral. Contudo fiquei um pouco surpreendido, pela negativa diga-se, com a escolha do mandatario de campanha. Fernando Ruas enquanto presidente da Associação Nacional de Municípios representa o poder local, sem dúvida que um pilar da democracia, mas não posso esquecer que foi este sr que afirmou que os munícipes deveriam correr á pedrada com as inspecções ás realizações autarquicas, sabendo-se a promiscuidade que existe neste sector, com interesses obscuros e praticas pouco transparentes, é urgente que Passos Coelho afirme o que pensa sobre regionalização, endividamento municipal e ordenamento territorial. Não basta reclamar a ausência de cadastro na vida política para depois surgir rodeado de rostos do sistema, apenas para conquista de votos. Acabamos por cair nas praticas que condenamos, matando á nascença qualquer vontade de mudança, é bom não esquecer que há vitórias que rapidamente se transformam em derrotas.

-Solicita-me o João Melo, meu companheiro de escrita n' O Andarilho, a divulgação deste evento saudável, o qual foi objecto de explicação detalhada por Eduardo Saraiva, a lêr.

 e naturalmente a quem puder o conselho para participar.

Estado vai deixar de construir bairros sociais

      -Qualquer tentativa de dinamizar o mercado de arrendamento estará condenada ao fracasso, enquanto não foram agilizados os processos de despejo por incumprimento e responsabilizados os inquilinos pela conservação do interior das habitações. Em tempos considerei a possibilidade de alugar um apartamento que possuia, mas achei mais seguro vendê-lo, já que no prédio um vizinho estava com uns inquilinos que não pagavam há mais de seis meses, caso que não estava fácil de resolver, enquanto isso continuava a pagar o empréstimo bancário bem como mensalmente os condomínios. Seis meses numa situação desse teor afectam qualquer um, os cidadãos não são nem podem ser obrigados a substituir-se á segurança social, suportando quase ad eternum o tempo que a nossa justiça demora a resolver estas questões. Presentemente tenho outro caso no prédio em que habito, um dos condóminos alugou a casa que possui, não recebendo a renda que lhe é devida há cerca de 3 meses, continuando a ser obrigado a suportar os encargos de seguros, condominios e outros. Enquanto tal, sei que existem pessoas que são quase profissionais do incumprimento, alugam uma casa, pagam caução e primeiro mês, depois nada, até se aproximar a data de despejo, quando tal acontece mudam de habitação, alugam a outro incauto, e repete-se a prática. Ninguém está condenado em tribunal por tal ilícito, mas a prática existe, a habitação é um direito constitucionalmente consagrado, pelos vistos o cumprimento da legislação não é, pelo menos para todos!