1º de Maio: Entre 20 e 30 mil pessoas na manifestação do 1º de Maio da UGT em Lisboa
-O meu primeiro de Maio passei-o nas compras, ao final da manhã, até porque não tenho tempo nem paciência para confusões, optei por deslocar-me a uma grande superfície comercial, por sinal o hipermercado estava encerrado, mas as restantes lojas funcionavam normalmente, optei pelo meio-dia, hora em que escapei razoavelmente dos grandes afluxos, tendo saído cerca das 15H, quando os automóveis faziam fila para entrar. Esta breve introdução serve apenas para afirmar que provavelmente estariam mais pessoas num dos vários centros comerciais dos arredores de Lisboa, no dia 1º de Maio ás 15H, do que na interessantíssima tarde dedicada aos problemas laborais, promovida pela UGT. Mesmo contando com alguma maior capacidade de mobilização por parte da CGTP, não seria totalmente tolo afirmar, que bastaria contabilizar os portugueses que optaram por passear no Parque das Nações para suplantar numericamente as duas centrais sindicais em conjunto. Mas façam-me um favor, não venham afirmar que as pessoas também não participam nas jornadas do 1º de Maio por estarem em situação de trabalho precário, contratos a prazo, ou outras desculpas de mau pagador para justificarem a falta de capacidade de mobilização do sindicalismo dos nossos dias. A verdade é que os sindicatos hoje representam apenas alguns, poucos, interesses corporativos instalados, a realidade que teimam em não encarar, é que o sindicalismo e os sindicatos, hoje não interessam a quase ninguém, o desinteresse dos trabalhadores pelas organizações sindicais e suas iniciativas, é pois uma resposta lógica. O maior cego não é aquele que não vê, mas o que teima em não encarar a realidade diante dos olhos.