La démocratie donne toute sa valeur possible à chaque homme, le socialisme fait de chaque homme un agent, un instrument, un chiffre. - Alexis de Tocqueville
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Mai 08
publicado por António de Almeida, às 18:49link do post | comentar

1º de Maio: Entre 20 e 30 mil pessoas na manifestação do 1º de Maio da UGT em Lisboa

-O meu primeiro de Maio passei-o nas compras, ao final da manhã, até porque não tenho tempo nem paciência para confusões, optei por deslocar-me a uma grande superfície comercial, por sinal o hipermercado estava encerrado, mas as restantes lojas funcionavam normalmente, optei pelo meio-dia, hora em que escapei razoavelmente dos grandes afluxos, tendo saído cerca das 15H, quando os automóveis faziam fila para entrar. Esta breve introdução serve apenas para afirmar que provavelmente estariam mais pessoas num dos vários centros comerciais dos arredores de Lisboa, no dia 1º de Maio ás 15H, do que na interessantíssima tarde dedicada aos problemas laborais, promovida pela UGT. Mesmo contando com alguma maior capacidade de mobilização por parte da CGTP, não seria totalmente tolo afirmar, que bastaria contabilizar os portugueses que optaram por passear no Parque das Nações para suplantar numericamente as duas centrais sindicais em conjunto. Mas façam-me um favor, não venham afirmar que as pessoas também não participam nas jornadas do 1º de Maio por estarem em situação de trabalho precário, contratos a prazo, ou outras desculpas de mau pagador para justificarem a falta de capacidade de mobilização do sindicalismo dos nossos dias. A verdade é que os sindicatos hoje representam apenas alguns, poucos, interesses corporativos instalados, a realidade que teimam em não encarar, é que o sindicalismo e os sindicatos, hoje não interessam a quase ninguém, o desinteresse dos trabalhadores pelas organizações sindicais e suas iniciativas, é pois uma resposta lógica. O maior cego não é aquele que não vê, mas o que teima em não encarar a realidade diante dos olhos.


publicado por António de Almeida, às 10:35link do post | comentar

Mira Amaral e Passos Coelho criticam política financeira de Ferreira Leite

 -Já o tenho afirmado mas vou repetir, não sou militante do PSD embora tenha votado neste partido em mais de 90% dos actos eleitorais que ocorreram de 1985 para cá, o que não me deixa completamente indiferente á escolha do próximo líder, embora não implique que forçosamente apoie alguma das candidaturas. Contudo há que separar o trigo do joio, das actuais 5 alternativas que se propõem liderar o PSD, apenas encaro 2 com credibilidade política para concretizar tal objectivo, Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, embora existam, ainda bem que existem, diferenças entre ambas. Manuela Ferreira Leite tem a apoiá-la as principais figuras mediáticas do partido, veremos o que pensa o eleitorado, julgo que muito dificilmente conseguirá derrotar Socrates, embora possa conseguir um resultado eleitoral honroso, um pouco acima dos 30%, que poderá dar ou não, depende de multiplos factores, para retirar a maioria absoluta ao PS. Mas não conseguirá de forma alguma ir mais além, com o passado á frente do ministério da educação, responsável pelo orçamento e a obsessão pelo défice, poderá ser encarada com seriedade, mas nunca com entusiasmo pelos portugueses, não sendo expectáveis grandes novidades programáticas. Pedro Passos Coelho é diferente, encarado como esperança para o futuro, depara-se agora com a necessidade de enfrentar uma realidade para a qual talvez não tivesse totalmente preparado, e não dispunha seguramente dos apoios necessários. No entanto a adesão á sua candidatura por parte de elementos próximos de Menezes fez aumentar o número de apoios, ao ponto de Manuela Ferreira Leite ser obrigada a encará-lo como uma ameaça real á sua até aqui previsivel entronização. Mas Passos Coelho terá de ser cauteloso na aceitação de apoios, não se deixando rodear das figuras que estiveram muito ligadas á anterior liderança, e sobretudo se quer mesmo aproveitar a hipótese que agora tem, deverá avançar com algumas propostas concretas, e não apenas um discurso vagamente liberal com preocupações sociais. Se Passos Coelho der tal passo, talvez possa entusiasmar as bases, algo que seguramente nenhum dos candidatos que até agora se apresentou, ou os que se colocam em fila de espera conseguiram, mas não necessitam de ser muitas propostas, nem um programa definido, bastam meia dúzia de propostas concretas, sobre as quais certamente irão incidir bastantes críticas quer das restantes candidaturas, quer do governo se o PS o encarar como ameaça, que terão depois obviamente de ser bem defendidas pela sua candidatura.


publicado por António de Almeida, às 09:55link do post | comentar | ver comentários (2)

   Vieira da Silva: organização de trabalho mais flexível evita despedimentos     

       -Os trabalhadores têm direitos, o trabalho deve ter normas, estamos de acordo, não vivemos numa sociedade sem lei, mas a legislação laboral não serve para proteger os trabalhadores contra as empresas, porque ninguém pode ameaçar para alguém necessitar de protecção. A legislação laboral deve ser um conjunto de regras que assegurem o normal funcionamento das empresas, sem atropelos nem abusos. Todos ouvimos falar que hoje não existe emprego para a vida, as próprias empresas nascem, vivem e morrem com a maior naturalidade, sendo confrontadas diariamente com competidores recém chegados, aos quais têm de se adaptar, mas também todos os dias chegam novas tecnologias e oportunidades que permitem a criação de novos postos de trabalho, representando novos postos de trabalho. Se a legislação não permite o despedimento individual para que a empresa adapte a sua força de trabalho ás suas reais possibilidades, começam a surgir problemas em cumprir os compromissos salariais, a falência acabará por ser inevitável, perdendo-se então a totalidade dos postos de trabalho, quando seria desejável que a legislação permitisse salvaguardar alguns, através dum objectivo primário, assegurar a sobrevivência da própria empresa. Quando levanto estas questões aparecem-me logo críticas que existem empresários que abusam, desviam fundos para compra de automóveis, etc, não vamos misturar o que não é igual, há casos que são de polícia, tal como o trabalhador que rouba, vamos colocar todos no mesmo saco? Á justiça o que pertence á justiça, voltando ás questões meramente laborais, não me parece que o trabalho temporário deva ser penalizado, convém também aqui não confundir temporário com precário, uma empresa para sobreviver competitiva tem picos de aumento no seu volume de trabalho, que não são uma constante ao longo do ano, será legítimo pedir ao empresário que pense 2 vezes antes de aproveitar a oportunidade de crescimento que se lhe depara? As empresas recorrem ao trabalho precário precisamente porque um conjunto de normas no código do trabalho estão ultrapassadas, e continuarão a fazê-lo enquanto não existir coragem política para despir a constituição de preconceitos ideológicos ultrapassados, e consequentemente o código do trabalho. Ao penalizar as contribuições dos contratos a termo, o governo pretende caminhar no sentido errado, porque terá como resposta uma menor contratação e um aumento da precaridade. E acabarão por ser os trabalhadores a pagar esse aumento, porque na hora de contratar as empresas já irão inclui-los no cálculo dos vencimentos a pagar, não deixando de ser irónico, que numa relação contratual entre trabalhador e empresa, que o governo não sendo parte interessada, acabe por ser o maior beneficiado através do aumento de impostos.


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