Reitor da Universidade Católica diz que “é urgente” regulamentar a Concordata
-Não sou uma pessoa de fortes convicções religiosas, bem pelo contrário, embora tenha recebido uma educação católica, afastei-me progressivamente da igreja, até deixar completamente de frequentá-la, por razões que não discuto publicamente, dado que sempre respeitei as crenças de cada um. Goste-se ou não, há no entanto que reconhecer o papel social da Igreja Católica em Portugal, nomeadamente através das misericórdias, para que algum laicismo ressabiado, procure nas comemorações do centenário da república, legitimidade para beliscar o papel da Igreja, procurando eventuais erros que esta instituição indubitavelmente também cometeu, mas se vamos por esse caminho, apontando erros, as comemorações do centenário da república, não teriam elas próprias razão de existir, afinal comemorar o quê? A incompetência da I república que através de políticos pouco escrupulosos como Afonso Costa, conduziram Portugal á participação na I guerra mundial, sem estarem preparados, provocando milhares de mortos na Flandres? Celebrar a incompetência, de políticos incapazes de governarem, que conduziram Portugal a uma inevitável ditadura? Também não sou monárquico, mas celebrar a I República, o jacobinismo, ou dar protagonismo a ressabiados, é algo para que não contem comigo.