-E já agora deixem também a lingua brasileira em paz, e naturalmente a sua ortografia, pede um blogger brasileiro ao qual cheguei via Apdeites V2, porque do outro lado do Atlântico também existem pessoas que não pretendem ser incomodadas por políticos, e alguns interesses menos claros, quanto á sua forma de escrever. Os caminhos separaram-se de forma natural, há cerca de um século atrás, são assim as linguas vivas, também um dia, Portugueses, Espanhois, Franceses e Italianos falaram e escreveram latim, influências locais, invasões, mistura de povos, o natural decurso da história, deu a cada povo a sua evolução natural, como está a acontecer entre português e brasileiro, e não português do Brasil, como alguns complexos neo-colonizadores ou colunizados afirmam. Para cúmulo pretendem incluir os africanos neste acordo, José Eduardo Agualusa, escritor que muito aprecio, do qual possuo a obra completa, é mesmo um dos maiores defensores deste acordo, mas seria bom perguntar no mercado Roque Santeiro o que pensa o povo angolano da escrita que lhe pretendem impôr, e não a alguem que se divide entre Rio de Janeiro e Lisboa, que não é de forma alguma representativo da identidade nacional angolana, que também existe. Não por acaso, Moçambique tem mostrado reservas em assinar o acordo, Cabo Verde e São Tomé não têm esses problemas por razões meramente económicas e turisticas, por isso o ractificaram. O acordo não passa duma ditadura ortográfica que nos querem impôr, mas vale a pena lutar pela nossa independência, pela nossa identidade histórica e cultural, da qual a nossa ortografia faz parte, tal como o fizeram os nossos avós no passado.