-Blogue de apoio á candidatura de Pedro Passos Coelho á liderança do PSD em:
http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/
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Jardim só reconhecerá novo líder se obtiver maioria absoluta
-Em princípio concordo com Alberto João Jardim, seria positivo que os estatutos do partido obrigassem á realização duma segunda volta caso nenhuma das candidaturas venha a alcançar um resultado superior a 50%, naturalmente que um lider eleito abaixo de 30% dos votos teria muitas dificuldades em unir e pacificar o partido, já uma vitória a rondar os 45% no actual cenário de 5 candidaturas não poderá deixar de ser considerada uma vitória clara. Mas os estatutos são o que são, os militantes conhecem-nos, particularmente Alberto João Jardim e o PSD-Madeira tiveram anos para apresentar um projecto de revisão, não é agora a um mês das eleições directas que se devem apresentar ultimatos ou contestar regras que se aplicam a todos. Parece-me contudo que Alberto João Jardim apenas pretende complicar, arranjando pretextos sucessivos para que o seu nome seja falado diariamente, talvez em busca duma vaga de fundo que só surgirá se orquestrada pelos seus apoiantes, mas que tarda em encontrar adesão. Aliás, ninguém consegue verdadeiramente nesta altura o entusiasmo dos militantes, estou para ver como conseguirão entusiasmar o país lá mais para diante.
Chumbos no básico e secundário custam mais de 600 milhões de euros por ano
-A ministra da educação apresentou o custo que o estado suporta por aluno, afirmando que o mesmo logicamente aumenta quando é forçado a repetir o ano. Percebe-se assim um pouco melhor a lógica de gestão miserabilista que tem sido practicada anos a fio pelos responsáveis da 5 de Outubro, já que não podem as culpas ser legitimamente atribuidas ao actual governo, que no entanto também lá tem o seu quinhão tal como os antecessores. Em primeiro lugar não considero líquido que o estado deva suportar sozinho todos os encargos que o mau comportamento e desempenho negligente por parte de muitas famílias provocam. Em segundo lugar, poupando uns tostões em repetições, instalando uma cultura de facilitismo, alguém já contabilizou quanto custa ao país ver chegar ao mercado de trabalho jovens impreparados, muitos deles semi analfabetos ou analfabetos funcionais? Os jovens também têm dificuldades no acesso ao mercado de trabalho porque muitas empresas pura e simplesmente esperam que a aprendizagem seja completada no mercado de trabalho, onde o facilitismo desaparece, e muitos têm que fazer pela vida, algo a que a escola nunca os obrigou, sob a forma de precaridade, recibos verdes, trabalho temporário e tudo a que possam deitar mão, que a vida a isso obriga. Mas nessa fase os custos já são suportados pelos próprios, e pelo país.
PSD: Passos Coelho propõe mais liberdade na vida pública, económica e privada
-Pedro Passos Coelho é o primeiro dos candidatos á liderança do PSD a apresentar as linhas programáticas que pretende propôr ao país, caso venha a liderar o partido. Mais do que contar espingardas, saber quem apoia quem, se mais alguém avança ou não, é bom que se comecem a debater ideias, para que os militantes possam separar o trigo do joio. Passos Coelho apresenta sem surpresa uma visão liberal do estado e da sociedade, com a qual naturalmente concordo, mas são apenas linhas orientadoras, veremos mais á frente se consegue articular propostas nesse sentido ou ficará refém de compromissos que tanto PSD como PS quando são governo satisfazem, não permitindo o emagrecimento do estado.
Ministro da Administração Interna considera "desaconselhável" haver apenas um agente nas esquadras
Ainda bem que o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, considera desaconselhável que as esquadras possam permanecer com apenas um agente no seu interior. Desaconselhável apenas, porque se considerasse tal situação inaceitável, poderia ser obrigado a fechar esquadras por falta de efectivos, e ainda levar um puxão de orelhas por parte do primeiro ministro ou do ministro das finanças, já que um corpo policial que assegure requisitos mínimos custa dinheiro.
Militantes recolhem assinaturas na Internet para candidatura de Jardim
-Depois de tanto se falar em vagas de fundo, Alberto João Jardim que ainda há poucos dias se auto-intitulou "general sem tropas", tem vindo afirmando repetidamente a necessidade de unir as várias candidaturas contra Manuela Ferreira Leite, vê agora surgir um movimento de recolha de assinaturas, visando a sua eventual candidatura. Dificilmente um movimento deste tipo avançaria sem o consentimento do próprio, mesmo que numa primeira fase não exista um envolvimento directo, mas Jardim tem dado mostras de querer ir a jogo, podendo este facto vir a ser apresentado como um pretexto para avançar, com a explicação de que agora não poderia abandonar quem o apoiou, a tal vaga, mesmo que encenada, acabará sempre por encontrar apoios. Quem tem razões para ficar preocupado será Pedro Santana Lopes, caso Jardim encontre justificação para avançar mesmo sem conseguir reunir as condições que tem apresentado, uma candidatura de união, o homem valerá cerca de 5 mil votos na Madeira, e certamente mais alguns um pouco por todo o país, o suficiente para fazer tremer as candidaturas já anunciadas, e relegar Santana para um quarto lugar, o que não deixaria de ser preocupante para o futuro político cada vez mais incerto, do ainda lider parlamentar do PSD.
“Carjacking” cresce e é cada vez mais violento
-Apenas o governo teima em não ver o crescimento do sentimento de insegurança que se vive na sociedade portuguesa, apesar do crescente número de vozes em contrário. Podem até afirmar que os números da criminalidade têm vindo a baixar, não serei eu a desmenti-los, tallvez exista mesmo alguma redução na pequena criminalidade, associada ao tráfego e consumo de drogas, mas fenómenos como o carjacking ou assaltos á mão armada têm vindo a crescer, em plena luz do dia, porque os marginais perderam o medo e a vergonha. Mais uma vez defendo a necessidade do agravamento das penas de prisão, para criar algum efeito dissuasor, e sobretudo, mais, e mais bem equipada polícia nas ruas das nossas cidades. Haja coragem para declarar guerra ao crime e criminosos.
Grupo invade esquadra de Moscavide para agredir rapaz que apresentava queixa
-Bem sei que ontem era domingo, fim de semana prolongado, muita gente estaria ausente de Lisboa, naturalmente a PSP teria menos efectivos, mas deixar numa esquadra apenas o graduado de serviço, para mais num sítio onde inclusivé se guardam armas, não lembraria a quem quer que seja. É certo que todos queremos ver polícias patrulhando as nossas cidades, para estarem na rua os agentes não podem permanecer nas esquadras, mas deve existir um efectivo mínimo no interior das mesmas, e um número suficiente nas ruas, se tal efectivo não existe, o governo que pare de gastar dinheiro onde não deve, e forme novos agentes, a bem da segurança dos portugueses, e neste caso dos próprios agentes. O que se passou ontem em Moscavide, para lá de lamentável, é intolerável num estado de direito, que um cidadão seja agredido no interior da própria esquadra, por invasores que aproveitaram a falta de segurança da mesma. Deixem-se de amanhãs que cantam, acreditar em políticas de próximidade, e outras parvoíces, criem uma efectiva política de segurança duma vez por todas.
-Manuela Ferreira Leite, figura respeitada pelos militantes do partido, fez parte dos governos de Cavaco Silva, elevada a ministro de estado com Durão Barroso e presidente da mesa do congresso com Marques Mendes, nunca aceitou liderar qualquer solução directiva no partido, vista como uma espécie de reserva moral, apoiada pelas chamadas elites, outrora barões, vê-se agora obrigada a disputar a liderança numas directas, quando talvez preferisse outra solução, nomeadamente Rui Rio ou Marcelo Rebelo de Sousa. Entrando na campanha com uma aura de pacificadora, capaz de federar as diferentes correntes de personalidade dentro do PSD, já que neste partido os alinhamentos e as fidelidades têm mais a ver com questões pessoais do que programáticas, vê-se obrigada a ir a votos com pelo menos 2 adversários fortes, Santana Lopes e Passos Coelho, já que os outros candidatos que até agora avançaram não podem ser encarados de forma séria. Mas Ferreira Leite não deixa de correr alguns riscos, caso perca, e pode acontecer uma inesperada reunião de apoiantes de Menezes em redor da candidatura de Passos Coelho, como expliquei em post anterior, desaparece a reserva moral, e com ela calam-se duma vez por todas as elites, excepção a Marcelo Rebelo de Sousa que tem uma agenda, mas também um peso por si próprio dentro do partido, e Rui Rio desde que ganhe a câmara do Porto, mesmo assim continuaria em sérias dificuldades face á linha populista que Menezes quis impôr ao partido. Mas apesar de tudo, a minha previsão é que a candidatura de Manuela Ferreira Leite saia vencedora, embora por margem mais curta do que a inicialmente esperada, o que a concretizar-se não pacificará o partido, mas apenas o conduzirá a um resultado digno, longe da catastrofe até agora anunciada, formando um grupo parlamentar com todas as sensibilidades representadas, retirando-se da liderança após cumprir o mandato, em 2010, adiando para essa altura novas lutas internas com os protagonistas do costume, Menezes, Passos Coelho, Rio, Santana Lopes se ainda existir politicamente. Para que tal aconteça, e o PSD não repita os erros do passado, será necessário não hostilizar em demasia Ferreira Leite, nomeadamente aqueles que pretenderem liderar o partido após este consulado, para terem espaço de manobra em integrarem as listas de deputados, mesmo que venham a suspender o mandato numa primeira fase, será importante estarem no Parlamento quando, e se, ascenderem á liderança do partido.
-Nesta questão das eleições directas muito se tem falado em generais com ou sem tropas, no caso de Pedro Passos Coelho utilizar-se o termo general seria um manifesto exagero, ficaria bem melhor a comparação com um capitão, mas cujo único pelotão que comandou ainda ocupava o posto de aspirante, dando então instrução aos jovens na JSD, embora com excelentes resultados. Convém apesar de tudo mesmo assim não cair em exageros, é certo que a liderança de Passos Coelho conduziu a JSD a grande protagonismo, e á maior representação parlamentar de sempre, mas tais resultados não podem ser dissociados da 2ª maioria absoluta de Cavaco Silva, a maior de sempre, quando o PSD dominou todo o aparelho de estado. Mas Pedro Passos Coelho depois de algum período de afastamento da vida política activa, regressou á comissão política da liderança de Marques Mendes, com o qual acabou por sair incompatibilizado, reaparecendo no último congresso de Torres Vedras, com um discurso para conquistar terreno para si próprio em tempos futuros. Não pensaria que tal tempo chegasse tão cedo, mas as circunstâncias obrigam-no a apresentar-se ás directas, julgo que ainda sem o objectivo de ganhar, embora muitos elementos próximos de Luis Filipe Menezes desejem entregar-lhe a vitória, a qual seria um presente envenenado, pois julgo não estar errado se afirmar que Passos Coelho ainda não tem uma clara estratégia de liderança, muito menos apoios crediveis, para conseguir derrotar eleitoralmente José Socrates. No entanto o filho de Luis Filipe Menezes aparecer como mandatário, Marco António ter deixado escapar que muitos autarcas e presidentes de junta o apoiam, poderá guindar Passos Coelho a um resultado totalmente inesperado, julgo que ficará á frente de Santana Lopes, podendo mesmo ganhar, o PSD é sempre uma caixinha de surpresas. Para mais uma vitória de Passos Coelho seria uma tripla vitória de Menezes, arrumava de vez com Santana Lopes, embora tenha 7 vidas políticas, acabava com o mito Ferreira Leite, calava os notáveis e dificultava muito a vida a Rui Rio em 2009, e lançando agora Passos Coelho para defrontar Socrates, em caso de nova maioria socialista, queimava uma alternativa que muitos apontam como credível lá mais para diante, deixando-o a ele, Menezes, numa boa posição para recuperar o partido em 2009. Caso nessa altura ainda exista PSD.
Jardim avança se todos os candidatos o apoiarem contra Ferreira Leite
-Alberto João Jardim manifesta disponibilidade para se candidatar á liderança do PSD, se todas as candidaturas se retirarem para poder enfrentar sózinho Manuela Ferreira Leite. Tenho dúvidas que mesmo que tal cenário se viesse hipoteticamente a concretizar, a vitória de Jardim fosse certa, no entanto o homem habituado na sua ilha a diminuir a credibilidade da oposição, e a utilizar todos os recursos disponíveis, mesmo aqueles que pertencem ao governo regional e não ao PSD-M, que por lá se confundem, gostaria de ir a votos no continente, mas ainda assim segundo regras decididas por si próprio, como a desistência dos outros candidatos. Se A.J.Jardim pretende retirar-se da política regional e afastar-se do bando de loucos existente na ilha, que venha pela primeira vez medir o seu valor, mas respeitando as regras democráticas que os cubanos por cá teimam em respeitar, e talvez fique surpreendido quando no final verificar que por cá tal estilo não encontra acolhimento.
-Algo que não se poderá negar a Pedro Santana Lopes é falta de coragem política, mas a sua vontade e disponibilidade levam-no a cometer por vezes as célebres "trapalhadas", por muito que o próprio e seus apoiantes recusem esta expressão. Ao entrar praticamente sem apoios na corrida á liderança do partido, Pedro Santana Lopes corre o risco de ficar em terceiro lugar, ultrapassado por Pedro Passos Coelho, que conta com o apoio do filho mais velho de Luis Filipe Menezes, e o próprio Marco António, presidente da distrital do Porto afirmou de forma nada inocente, preferir outra solução, como Passos Coelho ou Jardim, quando é sabido que este último está fora da corrida, Santana Lopes vê assim fugir-lhe o apoio das figuras mais próximas de Menezes, veremos se consegue o mais importante, os votos dos militantes. Entrando na corrida, P.S.L. será obrigado a colocar o seu lugar de líder parlamentar á disposição da nova liderança, perdendo as directas terá menos apoios no interior do próprio grupo parlamentar, embora muitos lhe devam os lugares que ocupam, irão procurar mantê-los, e caberá á nova liderança a sua distribuição, embora os resultados das candidaturas derrotadas tenham forçosamente de ser levados em consideração. Pedro Santana Lopes terá ficado entusiasmado com a reabilitação de Berlusconi, mas ele próprio não é "il cavalieri", o processo de recuperação de imagem que tinha encetado junto da opinião pública, e no qual vinha sendo bem sucedido, sofrerá um revés porque impulsivamente ao candidatar-se á liderança do PSD, Santana cometeu mais uma trapalhada. Veremos como sairá de mais esta díficil situação, afinal em termos políticos, o homem não deixa de ter 7 vidas.
Portas tem provas que ASAE quantifica objectivos anuais para os inspectores
-Paulo Portas proferiu uma grave acusação, afirmando que a ASAE distribui objectivos quantitativos pelos seus inspectores, os quais devem ser traduzidos em coimas, processos-crime e até no encerramento de estabelecimentos. Se tal se confirmasse seria intolerável, um pouco como se um polícia viesse á rua com o objectivo de prender determinado número de pessoas, cruzando-se ou não com criminosos. Entretanto António Nunes, presidente da ASAE, já desmentiu a existência de tais objectivos, pelo que caberá agora a Paulo Portas dentro das regras do jogo democrático a apresentação pública das ditas provas, porque na luta política não pode valer tudo, ao fazerem-se acusações será necessário prová-las. Aguardemos pois que Paulo Portas cumpra agora a sua obrigação.
Santana nega ser candidato contra vontade de Menezes e diz que teria apoiado Marcelo
-Muitos ainda não perceberam as razões que levaram o então Presidente da República, Jorge Sampaio a dissolver a Assembleia da República, entre os quais certamente estará Santana Lopes. Convencido que não chegou a ter tempo para mostrar serviço perante o país, afirmou ao partido na hora da despedida, que iria andar por aí, apostou num processo de reabilitação da sua imagem, associada a gaffes e trapalhadas, o que gradualmente até vinha conseguindo. Tem tido um razoável desempenho enquanto lider parlamentar, não sendo obviamente o culpado pela falta de credibilidade e ziguezagues constantes que caracterizaram os meses de liderança de Luis Filipe Menezes no PSD. Só que em 2004 existia em Portugal um mito, o da invencibilidade de Santana Lopes em eleições, mito esse que no ano 2005 viria a terminar com um dos piores resultados na história do partido em legislativas, e maioria absoluta, a primeira em termos históricos do PS e José Socrates. Estarão hoje reunidas condições para Santana Lopes inverter os resultados de 2005? Julgo que manifestamente não, olhando para o país, percebe-se que existe desgaste do governo, mas nenhum apoio nas lideranças dos partidos sentados á direita no hemiciclo, Paulo Portas ainda está a ser penalizado pelo regresso precipitado, nomeadamente pela forma truculenta como Ribeiro e Castro foi apeado da liderança, episódio que os portugueses não esquecem facilmente e faz com que o PP tenha hoje sondagens pouco favoráveis, veremos a sua capacidade de recuperação até 2009. O que manifestamente os portugueses não precisam é que sejam os dois derrotados nas legislativas de 2005 a enfrentarem Socrates, o qual poderá já começar a preparar o próximo executivo na hipótese de Santana Lopes vencer as directas no partido, pois perante tal cenário nova maioria absoluta será practicamente certa. Ter ou não o apoio de Menezes será importante para Santana Lopes ganhar o partido, é uma questão de pormenor meramente interno, mas sem as figuras mais prestigiadas no país, militantes ou não, será impossível ganhar o país, algo que Santana Lopes teima em não perceber, apostado que está na desforra, a qual apenas por suicídio poderá ser permitida pelos militantes.
Jardim apela "ao PSD do povo" para que se revolte contra candidaturas à liderança
-Agora é Alberto João Jardim que vem falar em revolta popular, esperando por uma vaga que não surge. Aliás, os últimos anos vividos no PSD são tudo menos entusiasmantes, para que surjam vagas a apoiar quem quer que seja, Menezes terá percebido isso tarde de mais, Santana e Jardim ainda não o perceberam. O PSD é um partido vocacionado para o poder, o melhor a que os militantes podem aspirar por agora será um resultado honroso, a rondar uns 30% nas legislativas, em tais circunstâncias não irão certamente surgir as tão apregoadas vagas, e as críticas á liderança começarão inevitavelmente no dia seguinte ás directas. O PSD na verdade não procura um líder, e sim um salvador, um homem providencial, uma espécie de D.Sebastião, algo que na realidade não existe, nem pode existir, mas que o destino por vezes em circunstâncias fortuitas atravessa no caminho dos partidos. Foi assim com Cavaco Silva, sem o fenómeno PRD e o desnorte na liderança socialista, nunca teria obtido a maioria absoluta, repetiu-se a história com Socrates, o caso Casa Pia, a ida de Durão Barroso para Bruxelas e as trapalhadas Santanistas contribuiram mais para a actual maioria do que qualquer estratégia traçada no Largo do Rato. As vagas não se pedem, surgem, as maiorias no nosso sistema político, acontecem. Alberto João Jardim já anunciou estar a cumprir o seu último mandato enquanto presidente do governo regional da Madeira, pelos vistos não se importaria de deixar a Vigia um pouco mais cedo para se instalar na Buenos Aires, falta-lhe contudo credibilidade no continente, ainda que o PSD não seja propriamente virgem na colocação de figuras "originais" em lugares de relevo.
China disposta a retomar o diálogo com o Dalai Lama
Tenho afirmado inúmeras vezes que um eventual boicote aos J.O. seria um erro, o regime chinês empenhado em garantir o sucesso do evento e mostrar ao mundo a sua capacidade organizativa encontra-se vulnerável, dentro e fora das suas fronteiras. Embora não seja de descartar um eventual aumento da repressão após a cerimónia de encerramento, a questão será até onde conseguirá por agora o aumento da pressão internacional fazer o regime comunista ceder.
25 Abril: Cavaco Silva "impressionado" com ignorância dos jovens sobre o "Dia da Liberdade"
-O Presidente da República, Cavaco Silva, no seu discurso proferido hoje na A.R., alertou para a falta de interesse dos jovens na vida política. Falou também na falta de conhecimento sobre os eleitos, algo que tenho defendido, não é possível continuarmos a eleger um cabeça de lista, e apanharmos de brinde com uma série de obscuros carreiristas nomeados pelos directórios partidários, mais interessados em obedecer ao chefe do que representar efectivamente os eleitores. Enquanto persistirem na manutenção do actual sistema eleitoral, teimando resistir aos sinais dos tempos, adiando a criação de circulos eleitorais uninominais, o problema tende a agravar-se, não devendo causar admiração a ninguém tal alheamento.
PSD: Santana Lopes anuncia candidatura à liderança do partido
-Pedro Santana Lopes avança efectivamente rumo á liderança do partido. Não deixa de ser curioso, a dupla derrotada em 2005, Santana/Portas, procurarem a desforra face a José Socrates. Mas Santana terá em primeiro lugar de vencer Manuela Ferreira Leite, o que não se afigura fácil. Considero contudo um factor positivo de clarificação para o partido a candidatura de P.S.L., que obrigará os militantes do partido a dizerem ao país se preferem política ou circo, como já escrevi anteriormente.
Comandos portugueses no Afeganistão destacados para zona crítica
-Naturalmente quero em primeiro lugar desejar aos bravos militares lusos que se encontram no Afeganistão sucesso no cumprimento da sua missão, e que retornem sãos e salvos. Portugal bem como os restantes países da U.E. não podem continuar a pedir aos EUA que façam todo o trabalho sujo, que sejam os únicos a enlamearem as botas no terreno, e depois lançar para o ar a costumeira lamechisse, que os americanos querem policiar o mundo, entre outros disparates que costumam circular. Se queremos viver em paz e segurança dentro dos nossos países, não podemos nem devemos estar á espera dos americanos, temos de combater o inimigo onde ele estiver, e os talibãs não são pessoas recomendáveis, são fundamentalistas assassinos sem os quais o mundo será um local melhor, dado o desprezo que essa gente tem pela vida Humana, a sua e a do próximo. Contribuir para o esforço de guerra contra o terrorismo no Afeganistão é um dever dos países civilizados, entre os quais tenho orgulho de encontrar Portugal, afinal algo nos distingue da barbárie.