Menezes: Chegou a altura de Ferreira Leite, António Borges e Rui Rio serem candidatos
- Luis Filipe Menezes insinuou que Manuela Ferreira Leite, Rui Rio ou António Borges são os autores morais das críticas, que têm surgido um pouco de todo o lado, desafiando-os a apresentarem a candidatura á liderança do partido. Deixando um pouco á margem Pedro Passos Coelho, o qual segundo Menezes apresenta uma candidatura coerente, os outros têm-se comportado como mandantes, ás ordens dos quais os franco-atiradores têm estado ao serviço. Também afirma que não é candidato, mas que sente o apoio das bases, e que o seu sucessor mão passará duma segunda escolha. Como interpretar estas declarações? Julgo que Menezes estará convencido que o eleitorado nacional não lhe reconhece credibilidade suficiente para derrotar José Socrates, preferindo resguardar-se, fazer com que outros avancem, provavelmente para perderem as legislativas, enquanto Menezes conseguirá uma nova e esmagadora vitória em Gaia, para depois, aparecer a lutar pela liderança do partido, reclamando que não terá sido por ele, a culpa da eventual derrota, a qual será atribuida aos qua agora o criticam. A não ser que Rui Rio avance, o que me parece pouco provável, aí Menezes e Rio que não têm qualquer simpatia mútua, para ser brando, poderão sentir-se tentados a medir forças. Em qualquer caso, perante um eventual cenário de derrota social-democrata, liderados até ás legislativas por Ferreira Leite, Aguiar Branco ou Passos Coelho, no dia seguinte ás mesmas, será o tempo político de Menezes, e também de Rio, tornando então o duelo inevitável. Julgo que Menezes permanecerá estrategicamente quieto, deixando aos adversários a responsabilidade de liderar o partido até ás legislativas, a surpresa a acontecer, poderá sair de Pedro Santana Lopes, caso sinta ter apoios no interior do partido, ponderará o ajuste de contas com a história, sentindo-se tentado a defrontar novamente José Socrates. Tudo ficará brevemente clarificado, por enquanto as pressões certamente que estarão a acontecer, os telefones não devem parar de tocar.