-Não conheço a Constituição hondurenha, o que me obriga a alguma reserva sobre toda esta questão do afastamento do antigo Presidente Manuel Zelaya, seguramente não existiu ali qualquer golpe militar, mas uma decisão do Tribunal, confirmada no Parlamento, que elegeu um sucessor. Os militares cumpriram uma decisão judicial, e não ocuparam o poder no país, nem sequer de forma transitória. A OEA, a reboque do neo-imperialismo bolivariano de Hugo Chavez, procura isolar o país, e repor no poder Manuel Zelaya, que afirma irá regressar acompanhado de vários Presidentes, seria aliás algo patético ver um chefe de Estado prestar-se a uma tal figura. Julgo que neste momento o ideal seria antecipar a eleição presidencial prevista para Janeiro, esvaziando a questão da falta de legitimidade democrática, perante a comunidade internacional.