Ontem assistimos em directo a uma execução, por parte do estado, sem prévia condenação por um tribunal. Pior ainda: a execução aconteceu num pais que se orgulha de ter sido dos primeiros a abolir a pena de morte. Dizem-nos os jornais hoje que os assaltantes ameaçaram executar os reféns. Mas não é isso que os sequestradores fazem sempre? A ameaça funciona como garantia das suas intenções em levar o seu objectivo – fugir com o produto do assalto – até ao fim e usar os reféns como protecção frente à polícia. Matar os reféns, principalmente quando são poucos, diminui-lhes essa protecção. Que vantagem teriam estes dois assaltantes em matar os (apenas) dois reféns? Se os matassem ficariam desprotegidos e seriam facilmente detidos pela polícia. O que aconteceu ontem foi grave e tem que ser devidamente esclarecido.

Digo desde já que não sou adepto da pena de morte mas que sou favorável ao agravamento das penas de prisão. 25 anos, como pena máxima de cadeia, parece-me manifestamente escasso para punir os crimes mais violentos e manifestamente injusto para com as vítimas
António Alves a 8 de Agosto de 2008 às 17:47

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